Nesta quinta-feira (19/01), em Itabira, a equipe técnica e coordenadores da Atenção Primária da Regional de Saúde de Itabira e mais de 40 profissionais de vigilância em saúde de vários municípios discutiram as ações a serem adotadas para o controle do Aedes Aegypti. Na oportunidade, foram discutidas medidas de enfrentamento de possíveis casos de Febre Amarela na região. 

A região de Itabira composta por 28 municípios não apresenta nenhum caso de Febre Amarela, mas adotou medidas de alerta para evitar que ocorram casos da doença. “’Estamos orientando quanto à vacinação, visto que a população está preocupada e tem procurado os postos de saúde. Isto é normal e compreensível, já que a Febre Amarela está se espalhando pelo Estado e é preciso esclarecer sobre a necessidade ou não de tomar a vacina”, exlicou Regina Célia Santiago, coordenadora do Núcleo de Atenção Primária (Napris) da Regional de Saúde. 

Foto: Darliéte Martins

Febre Amarela 

A Febre Amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por mosquitos, tanto em áreas urbanas quanto silvestres. Em áreas florestais, os principais vetores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes. Para o enfrentamento da doença, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente a vacina nas Unidades Básicas de Saúde, principalmente para as pessoas que moram ou vão viajar para áreas rurais, silvestres ou de matas. 

“É preciso tomar as medidas de vacinação contemplando realmente as pessoas em situação de risco. Ou seja, aquelas que circulam pelas áreas epizóticas (locais onde estão sendo registrados casos suspeitos ou confirmados da doença), as que nunca se vacinaram, as que vão viajar para o exterior, as que deveriam tomar o reforço após 10 anos da última dose, considerando-se casos específicos de crianças menores de seis meses, idosos e gestantes para o quais existem orientações especiais que devem ser consideradas” explicou a médica pediatra, Cora Furtado de Castro, técnica do Napris. 

A enfermeira Kátia Guimarães ressaltou a importância de todos seguirem as orientações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais e do Ministério da Saúde, estudando caso a caso a necessidade da vacinação. “Como o mosquito pode espalhar-se rapidamente, é preciso tomar todas as precauções para conter a sua proliferação. A mobilização social é muito importante para realizar ações educativas que visam à eliminação de criadouros do mosquito Aedes Aegypti que também pode transmitir a Febre, se infectado”, explicou. 

Kátia Guimarães salientou ainda que a vacina estará disponível na Gerência de Itabira para os municípios que dela necessitarem. “É necessário, porém, obedecer às normas e avaliar criteriosamente a dispensação da vacina, bem como melhorar os registros de doses aplicadas, lançando-as diariamente no Sistema de Informação - PNI e acompanhando de perto os eventos adversos que possam ocorrer”, finalizou.

Saiba mais 

A medida mais importante para prevenção e controle da febre amarela é a vacinação. Por este motivo, o Ministério da Saúde alerta que, toda a população que reside ou que se desloque para regiões silvestres, rurais ou de mata de áreas com recomendação de vacina (ACRV), deve ser imunizada. 

Para quem precisa tomar a vacina é recomendado que ela seja administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco. Ela é válida por 10 anos. As pessoas que não estiverem com doses em dia, precisam atualizar o cartão de vacina. 

Fique atento aos sintomas 

Quem contrai o vírus da febre amarela não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença acontecem de repente: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias.

A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela. No tratamento dos casos é preciso muita hidratação e repouso.

 

Por Darliéte Martins