O HIV/Aids é uma doença séria e afeta todo o mundo. Por isso, disseminar informações sobre a doença e sua forma de prevenção é muito importante. Por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil é referência internacional no tratamento de HIV/Aids, disponibilizando tratamento (antirretroviral), bem como o acesso a testagem de sorologia e ao preservativo (camisinha).
Com a evolução do tratamento, nem todo mundo que vive com HIV chega a desenvolver a Aids, por isso há diferença entre os termos. HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana, uma vez que o vírus ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+.
A transmissão do HIV se dá principalmente por via sexual - seja ela anal, vaginal ou oral. Outras formas de transmissão são por meio da transfusão de sangue contaminado e seus derivados; através do uso de drogas injetáveis e compartilhamento de instrumentos que furam ou cortam não esterilizados, canudos e cachimbos; ou por meio da transmissão vertical de mãe para filho. Vale destacar que, mesmo assintomático, o portador do HIV pode continuar a transmitir o vírus.
Já a Aids , ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é o estágio mais avançado da doença causada pelo vírus HIV. Mais vulnerável, o organismo fica mais sujeito a diversos agravos - as chamadas infecções oportunistas - que vão de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer.
Atualmente é possível conviver com o vírus HIV e viver com qualidade de vida. Basta seguir o tratamento indicado e as recomendações da equipe de saúde. Saber precocemente da infecção pelo HIV é fundamental para aumentar a qualidade e sobrevida da pessoa.
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Prevenir-se do HIV/AIDS é possível! Fique atento às recomendações abaixo:
Por outro lado, o vírus do HIV NÃO SE TRANSMITE: através do beijo, abraço, aperto de mão, nem por meio do uso de copos e talheres compartilhados, piscina ou sauna.
Preservativos masculinos e gel lubrificante estão à disposição dos cidadãos nos Serviços de Atenção Especializada (SAE) e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), organizações de sociedade civil e outros serviços credenciados.
A prevenção combinada do HIV é uma estratégia de prevenção que faz uso combinado de intervenções biomédicas, comportamentais e estruturais aplicadas no nível individual dos individuos, de suas relações e dos grupos sociais a que pertencem, mediante ações que levem em consideração suas necessidades e especificidades, e as formas de transmissão do vírus.
O símbolo da mandala representa algumas dessas estratégias, e apresenta a ideia de movimento em relação às possibilidades de prevenção tendo as intervenções estruturais (marcos legais) como base de conjugação. Nesse sentido, é importante destacar a oferta não hierarquizada dos métodos preventivos e o papel das estratégias que reforçam a singularidade do indivíduo e sua autonomia e direito à escolha.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece testes para diagnóstico do HIV/Aids, e também para triagem da sífilis e das hepatites B e C. Existem, no Brasil, dois tipos de testes: os exames laboratoriais e os testes rápidos. Os testes rápidos são práticos e de fácil execução; podem ser realizados com a coleta de uma gota de sangue ou com fluido oral, e fornecem o resultado em, no máximo 30 minutos. Os testes devem ser realizados com regularidade e sempre que o indivíduo tiver passado por uma situação de risco, como ter feito sexo sem camisinha. É muito importante que o diagnóstico seja feito em tempo oportuno. No caso das gestantes e parcerias sexuais é importante que o teste seja realizado durante o pré-natal.
Durante a gestação e no parto, pode ocorrer a transmissão do HIV (vírus causador da aids), e também da sífilis e da hepatite B para o bebê. O HIV também pode ser transmitido durante a amamentação. Por isso, as gestantes e também suas parcerias sexuais, devem realizar os testes para HIV, sífilis e hepatites durante o pré-natal e no parto. O diagnóstico e o tratamento precoce podem garantir o nascimento saudável do bebê. Informe-se com um profissional de saúde sobre a testagem.
O Ministério da Saúde recomenda que a vacina para hepatite B seja ofertada salientando-se sua segurança e alertando aos (às) usuários (as) que só haverá imunização após a realização das três doses preconizadas. A vacina do HPV é recomendada na rotina dos adolescentes de 9 a 13 anos.
As ações de redução de danos estão voltadas, principalmente, às pessoas que usam álcool e outras drogas, silicone líquido industrial e hormônios, e têm por objetivo evitar a transmissão, promover a melhoria da qualidade de vida e garantir o acesso à saúde. As ações podem variar desde a oferta de insumos, de forma singularizada, para prevenir a transmissão sexual ou parenteral, por meio de intervenções comportamentais, até intervenções estruturais relacionadas à redução do estigma, de inequidades e de barreiras de acesso à saúde. As pessoas que usam álcool e outras drogas, independente do padrão de uso, são uma população desproporcionalmente afetada pelas IST, pelo HIV/Aids e pelas hepatites virais; seja em relação ao risco de exposição sexual ou pelo compartilhamento de objetos para uso de drogas. Além disso, o uso de drogas é uma prática encontrada nas demais populações-chaves e prioritárias para o HIV, para outras IST e para as hepatites virais.
No Brasil, todas as pessoas diagnosticadas com HIV recebem tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento traz vários benefícios: diminui as complicações relacionadas às infecções pelo HIV, reduz a transmissão do vírus, melhora a qualidade de vida da pessoa e diminui a mortalidade. O tratamento também tem a finalidade de prevenir a transmissão do HIV. Isso porque os medicamentos antirretrovirais reduzem a quantidade de vírus circulante no corpo da pessoa vivendo com HIV, fazendo com que ela alcance a chamada “carga viral indetectável”. Pessoas que vivem com HIV com carga viral indetectável têm uma possibilidade insignificante de transmitir o vírus para outra pessoa em relações sexuais desprotegidas. O uso regular e correto dos medicamentos antirretrovirais melhora a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduz o número de internações e infecções por doenças oportunistas. Além disso, é importante seguir as recomendações médicas, comparecer às consultas, manter uma boa alimentação e praticar exercícios físicos.
Em Minas Gerais, o diagnóstico pode ser realizado através da sorologia anti-HIV e testes rápidos, disponíveis em todas as unidades básicas de saúde ou nos serviços ambulatoriais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Os testes rápidos também estão disponíveis nos SAE e CTA. Práticos e de fácil execução, fornecem o resultado em, no máximo, 30 minutos, a partir da coleta de uma gota de sangue ou fluido oral.
O Estado de Minas Gerais, por meio do Ministério da Saúde, distribui os antirretrovirais, mensalmente, para as Unidades Dispensadora de Medicamentos (UDMs) dos CTA/SAE, e esses são distribuídos aos pacientes soropositivos. Os antirretrovirais são medicamentos que combatem a multiplicação do vírus HIV e fortalecem o sistema imunológico. A adesão ao tratamento com os medicamentos reduz significativamente a mortalidade, o número de internações e infecções por doenças oportunistas, que aproveitam a fraqueza do sistema imunológico para atacar o organismo. Por isso, seu uso é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida de quem tem HIV/AIDS.
* Boletim Epidemiológico Mineiro (BEM) de HIV: 2016 | 2017 | 2018