Considerada uma das doenças mais antigas da história da humanidade, a tuberculose ainda é responsável por 9,6 milhões de casos a cada ano em todo o mundo. Trata-se de uma doença infectocontagiosa com profundas raízes sociais, mas que pode afetar qualquer indivíduo, independentemente de sua classe social.  Nesta quinta-feira, 24 de março, é celebrado o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, agravo que tem cura e tratamento oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Crédito: Maycon Portugal

A tuberculose é causada por uma bactéria, sendo transmitida pelo ar de pessoa para pessoa, através da fala, tosse ou espirro. Ela atinge principalmente os pulmões, mas outros órgãos também podem ser afetados. O sintoma mais característico da tuberculose é a tosse persistente, com ou sem catarro, que dura mais de três semanas. Emagrecimento, falta de apetite, suor noturno, febre (geralmente no final do dia), cansaço e dor no peito são outros sintomas que podem acompanhar a tosse.

Em caso de sintomas, é fundamental procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS). O diagnóstico e tratamento podem ser feitos gratuitamente pelo SUS, e os medicamentos devem ser tomados pelo paciente todos os dias, mesmo que haja melhora nos sintomas. Em 2015, foram notificados 4.199 casos de tuberculose em Minas Gerais e 165 óbitos.

Segundo o coordenador do programa Estadual de Combate à Tuberculose da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Pedro Navarro, o abandono do tratamento é um dos principais desafios para o controle da tuberculose. “O paciente que está fazendo uso correto dos medicamentos passa a não transmitir a doença após 15 dias de tratamento, aproximadamente. Mas para isso acontecer, é fundamental tomar os medicamentos todos os dias e pelo tempo previsto, de no mínimo seis meses”, explica.

Ambientes bem ventilados e com entrada da luz do sol contribuem para a prevenção da tuberculose. Já a vacina BCG, disponibilizada gratuitamente pelo SUS, oferece proteção para as crianças, evitando as formas graves da doença. Alguns grupos populacionais possuem mais vulnerabilidade em relação à doença, devido às condições de saúde e de vida a que estão expostos. Precisam de atenção especial os indígenas, os privados de liberdade, pessoas em situação de rua e pessoas que vivem com o HIV/Aids e que podem ter o sistema imunológico debilitado.

Campanha de conscientização

Com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância da prevenção e tratamento correto da doença, a SES-MG lança a campanha “A tuberculose tem cura e o tratamento é gratuito”. O tema será trabalhado nas redes sociais da SES-MG, além de uma parceria com a BH Trans, que vai trabalhar a campanha do Jornal do Ônibus. Também foi criado um site especial para a campanha, com informações sobre a doença e tratamento. Clique aqui e acesse o site.

Programa Estadual de Controle da Tuberculose

A SES-MG, através do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, mantém diversas ações de enfrentamento da doença. Entre elas, está a realização de visitas de monitoramento e avaliação às Regionais de Saúde e municípios prioritários, além de oferecer capacitação a profissionais de saúde. Também são realizadas parcerias com as áreas da SES-MG que trabalham com a saúde das populações mais vulneráveis à tuberculose, e também o alinhamento de ações para a assistência aos pacientes. O monitoramento da implantação do Teste Rápido Molecular da Tuberculose (TRM-TB) no estado é feito em parceria com a Fundação Ezequiel Dias (FUNED). O exame, disponível pelo SUS, detecta em aproximadamente duas horas a presença ou ausência da doença no escarro do paciente. 

 

Por Jéssica Gomes