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A difteria é uma doença transmissível, causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae que atinge as amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras partes do corpo, como pele e mucosas. Em casos mais graves, porém raros, podem aparecer inchaços no pescoço e gânglios linfáticos.

A difteria acontece com mais frequência nos meses frios e secos (outono e inverno), quando é mais comum a ocorrência de infecções respiratórias, principalmente devido à aglomeração em ambientes fechados, que facilitam a transmissão da bactéria.

IMPORTANTE: Após o surgimento da vacina tríplice bacteriana (DTP), o número de casos de difteria se tornou muito raro no Brasil. A vacina é a melhor, mais eficaz e principal forma de prevenir a difteria.

A transmissão da difteria ocorre basicamente por meio da tosse, espirro ou por lesões na pele. Em casos raros, pode ocorrer a contaminação por objetos capazes de absorver e transportar micro-organismos, como a bactéria causadora da difteria.

O período que os sintomas começam a aparecer desde a infecção da pessoa, é, em geral, de um a 6 dias, podendo ser mais longo. Já o período de transmissão da doença dura, em média, até 2 semanas após o início dos sintomas.

Os principais sintomas da difteria, que surgem geralmente após 6 dias da infecção, são:

  • Membrana grossa e acinzentada, cobrindo as amígdalas e podendo cobrir outras estruturas da garganta;
  • Dor de garganta discreta;
  • Gânglios inchados (linfonodos aumentados) no pescoço;
  • Dificuldade em respirar ou respiração rápida em casos graves;
  • Palidez;
  • Febre não muito elevada;
  • Mal-estar geral.

IMPORTANTE: Algumas pessoas podem ser infectadas pela difteria e apresentar sintomas leves ou até mesmo não ter nenhum tipo de sinal da doença.

O diagnóstico da difteria é clínico, após análise detalhada dos sintomas e características típicas da doença por um profissional de saúde.

Para confirmação do diagnóstico, o médico deverá solicitar coleta de secreção de nasofaringe para cultura. Em casos de suspeita de difteria na pele (cutânea), devem ser coletadas amostras das lesões da pele.

O tratamento da difteria é feito com o soro antidiftérico, que deve ser ministrado em unidade hospitalar. A finalidade do tratamento é inativar a toxina da bactéria o mais rapidamente possível.

O uso do antibiótico é considerado como medida auxiliar do tratamento, ajudando a interromper o avanço da doença.

A vacina é a principal forma de prevenção e controle da doença, e medida mais eficaz para evitar casos graves e mortes pela doença. As vacinas contra difteria são disponibilizadas gratuitamente pelo SUS.

Vacinas recomendadas:

Vacina Penta (difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae B (conjugada):
Recomendada três doses (aos 2, 4 e 6 meses de idade), com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. A terceira dose não deverá ser administrada antes dos 6 meses de idade.

DTP (difteria, tétano e pertussis):
Recomendada dois reforços, o primeiro aos 15 meses de idade e o segundo aos 4 anos de idade. Administrar o primeiro reforço com intervalo mínimo de 6 meses após a última dose do esquema primário (três doses de penta).

• DT (difteria e tétano):
Indivíduos a partir de 7 anos de idade, com esquema vacinal completo (3 doses) para difteria e tétano, administrar 1 (uma) dose a cada 10 anos após a última dose.

Em todos os casos, após completar o esquema básico (DTP, tetra ou penta) e reforços, administrar reforço com a dT a cada 10 anos, após a última dose.

Em casos de ferimentos graves e comunicantes de casos de difteria, antecipar a dose quando a última foi administrada há mais de 5 anos.