A Regional de Saúde de Montes Claros (SRS) está realizando uma série de encontros envolvendo os 53 municípios que integram a sua área de atuação. Esses encontros tem o objetivo de orientar os agentes de controle de endemias sobre o manejo ambiental e a implementação de ações de educação em saúde para o controle da leishmaniose visceral e tegumentar no Norte de Minas.

Nesta terça-feira (12/09) o assunto foi apresentado durante as reuniões da Comissão Intergestora Regional (CIR) e da Comissão Intergestora da Região Ampliada de Saúde (CIRA) em que estiveram presentes gestores municipais de saúde, membros da diretoria regional do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems) e técnicos da SRS.

Também nesta terça-feira, 12, foi reiniciada a realização de encontros de capacitação. Desta vez, aconteceu na região de saúde Salinas/Taiobeiras, envolvendo profissionais de 16 municípios.

Ainda em setembro, no período de 19 a 22 a capacitação reunirá, na Escola Técnica de Saúde da Unimontes, em Montes Claros, representantes de 11 municípios. Já a partir do dia 26 de setembro a capacitação será realizada no município de Jequitaí envolvendo cinco localidades que integram a região de saúde de Coração de Jesus.

Essas capacitações tiveram início na segunda quinzena de agosto com profissionais de saúde de 21 municípios que integram as regiões de Francisco Sá e de Janaúba/Monte Azul, com o intuito de tornar os profissionais multiplicadores das ações que serão implementadas para aumentar o controle das leishmanioses no Norte de Minas.

Créditos: Pedro Costa

A coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e de Saúde do Trabalhador na SRS de Montes Claros, Josianne Dias Gusmão destaca a importância da atualização do repasse de informações aos agentes de controle de endemias sobre as ações de prevenção contra a leishmaniose, levando-se em conta que o manejo ambiental e as ações de educação em saúde se constituem as formas mais eficazes para o combate à proliferação do mosquito flebótomo que é o transmissor da doença. “O fundamental é orientar a população no sentido de evitar os locais onde o mosquito transmissor da doença tradicionalmente habita”, alerta ela.

O que é

A leishmaniose é uma doença propagada por meio da picada do mosquito flebótomo. A transmissão da doença ocorre pela picada de insetos vetores, os flebotomíneos, conhecidos como “mosquito palha” ou “cangalhinha”. O mosquito se contamina com o sangue de pessoas ou animais doentes e transmite o parasita a pessoas e animais sadios.

No caso da leishmaniose visceral, conhecida como calazar, os sintomas são os seguintes: febre de longa duração; aumento do fígado e baço, além da perda de peso acentuada. Já a leishmaniose tegumentar tem como principal sintoma o aparecimento de úlceras na pele e mucosas.

Para evitar a proliferação da leishmaniose, além do combate aos mosquitos por parte dos serviços de saúde, a população pode contribuir da seguinte forma: manutenção da casa limpa e o quintal livre de criadouros de insetos; uso de repelentes de insetos nos ambientes que favorecem o desenvolvimento de mosquitos; cuidar da saúde dos cães e providenciar a instalação de mosquiteiros ao redor das camas e telas nas portas e janelas.

Tratamento

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico e tratamento gratuitos para a população contra os dois tipos da doença: tegumentar e visceral.

Aos primeiros sintomas, o paciente deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima para avaliação médica. Confirmado o diagnóstico, o tratamento é feito com uso de medicamentos específicos e eficazes.

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Por Pedro Costa