Com o término das campanhas eleitorais deste ano e início do processo de transição de administrações em municípios onde foram eleitos novos prefeitos e vice-prefeitos, a Regional de Saúde de Montes Claros está orientando os gestores a não interromper as ações de controle dos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre Chikungunya e Zika Vírus. Nesta quarta-feira (16/11), o Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Regional divulgou as diretrizes para o fortalecimento das medidas de prevenção e eliminação de focos do Aedes aegypti nas dependências das unidades de saúde e demais locais de trabalho.

Neste mês, além de contatos diretos com os municípios, a mobilização dos gestores foi pauta de reunião conjunta da Comissão Intergestora Regional (CIR) realizada em Montes Claros envolvendo municípios de todas as microrregiões de saúde do Norte de Minas. O coordenador de vigilância em saúde da Regional de Saúde de Montes Claros, Valdemar Rodrigues dos Anjos salientou que devido ao período chuvoso já iniciado na região Sudeste, os municípios precisam intensificar as ações de controle dos focos do Aedes aegypti, viabilizando a eliminação de recipientes predominantes de proliferação do mosquito.

Em localidades onde os índices de infestação do Aedes aegypti estiverem muito altos, a Regional de Saúde de Montes Claros recomenda aos municípios a realização de mutirões de limpeza, a fim de que o trabalho de combate aos focos do mosquito obtenha o melhor resultado possível. Em municípios onde houver predominância de proliferação de focos do Aedes aegypti em caixas d´água, a recomendação da Regional é de que as prefeituras providenciem ou orientem a população tampar para os recipientes a fim de reduzir a transmissão de doenças.

“Neste período de chuvas e com a aproximação do verão é importante que os municípios detectem o mais precocemente possível os primeiros casos de dengue para conter a proliferação da doença. Os primeiros casos precisam serem comunicados aos agentes de controle de endemias para que o combate aos focos do Aedes aegypti seja intensificado”, salienta Valdemar Rodrigues. Ele lembra que “em janeiro muitos municípios passarão por troca de comando nas prefeituras​,​ mas o trabalho de combate ao Aedes aegypti não pode parar, pois se isso acontecer, será a saúde da população que estará em risco”.

Diretrizes

Considerando a situação da saúde pública relacionada às doenças cujo vetor é o mosquito Aedes aegypti, o Ministério da Saúde em conjunto com o Conselho dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems) e o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) propõe uma mobilização nacional intensa e contínua dos trabalhadores de todas as esferas da gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), para controle do mosquito com foco na eliminação dos seus criadouros.

Para fortalecer as iniciativas será lançada Campanha de Mobilização Nacional com a intenção de fortalecer as ações individuais e coletivas no âmbito dos locais de trabalho. Entre outras diretrizes propostas pelo Ministério da Saúde, Conass e Conasems e que estão sendo divulgadas pela Regional de Saúde de Montes Claros estão: as medidas de prevenção e eliminação do Aedes aegypti serão permanentes e integradas às rotinas de trabalho de cada órgão e deverão ser desenvolvidas nas dependências de todas as unidades de saúde. Sugere-se que as ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito sejam desenvolvidas de modo transversal, com metodologia integrada, participativa, reflexiva e crítica, com troca de experiências.

As ações educativas terão perspectiva de gerar atitudes de combate ao Aedes aegypti envolvendo, além das unidades de saúde, os demais órgãos e espaços públicos.

Minas Gerais

De acordo com o último boletim epidemiológico publicado dia 07 de novembro pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) até o dia 1º de outubro deste ano o Estado registrou 525 mil 975 casos prováveis de dengue e 242 óbitos. Até o momento Minas Gerais registrou 476 casos prováveis de Chikungunya e 15 mil 169 casos prováveis (casos confirmados + suspeitos) de Zika Vírus. Foram confirmados 1.001 casos de gestantes com doença aguda causada pelo Zika Vírus.

 

Por Pedro Ricardo