No dia 9 de junho, das 8h às 13h, a campanha Quinta do Bem, a Secretaria de Saúde de Betim e a Fundação Hemominas Betim irão organizar o cadastro de doação de medula óssea no hall da Prefeitura de Betim (rua Pará de Minas, 640, Brasiléia). Os interessados devem levar o documento de identidade. O objetivo do evento é incentivar o cadastro para doação de medula óssea e ajudar a salvar vidas de pessoas em tratamento contra a leucemia. No dia serão cadastradas 100 pessoas. Qualquer pessoa com idade entre 18 e 55 pode se cadastrar como doadora de medula óssea. Os dados pessoais, preenchidos no formulário, juntamente com 5 ml de sangue coletado (similar a coleta de exame de sangue normal), são encaminhados para o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). 

Crédito: Quinta do Bem

É importante que o maior número de pessoas se tornem doadores, pois, de acordo com o Ministério da Saúde, as chances de encontrar um doador compatível fora da família é de 1 em 100 mil. Havendo a compatibilidade genética, o Instituto Nacional do Câncer (Inca)/Ministério da Saúde, órgão responsável por manter os dados sigilosos, entra em contato com o doador para confirmar o interesse da doação. Confirmado o interesse, o doador é chamado para fazer exames complementares. Após a realização dos procedimentos, o transplante é agendado. Na doação, em ambiente hospitalar, é coletada a medula óssea na região da bacia do doador – ele sentirá um pequeno incômodo passageiro. Para o doente, o gesto de solidariedade representa a esperança de cura. O cadastro é feito nos hemocentros de todo o país. Em Minas Gerais, os interessados devem procurar a Hemominas.

Mais informações no site do Inca: www.inca.gov.br


Sobre a campanha Quinta do Bem

Em 1999, Flávia Freitas, jornalista de Betim (MG), perdeu o irmão Anderson por causa da leucemia. Em 2012, a prima dela Ana Paula, após muita luta contra a leucemia, também faleceu. Durante o tratamento da Ana Paula houve a necessidade de encontrar um doador compatível fora da família, pois nenhum parente era compatível com ela. Para mobilizar e incentivar a doação de medula óssea, Flávia Freitas criou, em 2011, a campanha Quinta do Bem. A ideia é que, às quintas-feiras, mulheres usem lenço na cabeça e homens fita vermelha no braço. Para divulgar a ação, as pessoas postam as fotos de apoio nas redes sociais e podem enviar também para a página da jornalista no Facebook, que se chama Comunique Bem (atualmente, a página tem mais de 5.000 seguidores). As atrizes Drica Moraes e Cristiana Oliveira são apoiadoras da Quinta do Bem.

A campanha tem o incentivo de familiares, amigos, conhecidos e simpatizantes na internet, fortalecendo a Quinta do Bem. A campanha é também uma forma de homenagear a memória do Anderson, da Ana Paula e de todos que partiram por causa da leucemia.

A Quinta do Bem extrapolou as redes sociais e já realizou duas campanhas físicas em Betim (cidade onde moram os familiares da jornalista) em parceria com a Hemominas. Em 2011, foram cadastradas 400 pessoas e, em 2013, foram cadastradas mais 150. Familiares e amigos participam da campanha de forma voluntária. Por causa da Quinta do Bem, Flávia Freitas participou da série "Mineiros de ouro" do Jornal Estado de Minas/Portal UAI. Em 2014, a jornalista foi finalista do prêmio Bom Exemplo da Globo Minas, Fundação Dom Cabral, Fiemg e jornal O Tempo. No mesmo ano, a jornalista foi condecorada com a medalha Mérito da Saúde como Cidadã Voluntária parceira do SUS e convidada para ser madrinha do Outubro Rosa de MG.

Em maio de 2015, a jornalista lançou, na Casa Acolhida Padre Eustáquio (Cape) (instituição que recebe crianças do interior de Minas Gerais para tratamento contra o câncer na capital), a revistinha em quadrinhos que conta a história da campanha. Em quatro páginas, a revistinha escrita pela jornalista é a primeira publicação de Minas Gerais que transforma a história real de luta contra a leucemia em quadrinhos, narrando os casos familiares da autora.

O formato lúdico e didático busca divulgar a importância da doação de medula óssea, gesto solidário que pode salvar a vida de quem precisa do transplante. A iniciativa pretende também sensibilizar e informar as crianças e os jovens sobre o cadastro de doadores feitos nos hemocentros, contribuindo para que o público infantojuvenil seja multiplicador da campanha. O roteiro escrito pela jornalista teve a revisão da pedagoga Gisele Gomes Olavo. As ilustrações originais da revistinha foram criadas em aquarela pelo artista plástico Renato César Oliveira e a diagramação elaborada pela publicitária Vanessa Avelar. Os primeiros exemplares para o lançamento foram impressos com recursos próprios da escritora e foram entregues gratuitamente para as crianças da Cape. O projeto da jornalista está aberto a parcerias para impressão de mais exemplares, com a finalidade de serem doados para bibliotecas, escolas, instituições de tratamento contra o câncer e outras.