A Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), promoveram ao longo desta semana, por todo o estado, mobilização da comunidade escolar contra o Aedes aegypti. Já neste sábado (09/04), 15 escolas abriram as portas para apresentar e discutir o tema com a comunidade. Em Belo Horizonte, a Escola Estadual São Pedro e São Paulo, no bairro Novo Santa Mônica, recebeu pais, alunos e comunidade para uma feira de ciências. Os alunos preparam cartazes, apresentações teatrais, musicais e de dança, dando uma verdadeira aula de como se prevenir do mosquito Aedes aegypti.

O Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fausto Pereira dos Santos, visitou a escola e disse estar muito contente e satisfeito com o engajamento e a motivação das crianças e de toda a comunidade escolar. “Sabemos que a principal técnica para acabar com o mosquito é a prevenção, é evitar os focos do mosquito. Portanto é importante que cada aluno e cada mãe e pai de aluno tenham a consciência que seu papel é essencial para ajudar a controlar essa doença e agora é o momento de unir esforços e intensificarmos as ações”, disse.

Foto: Omar Freire/Imprensa MG

A Secretária Estadual de Educação, Macaé Evaristo, ressaltou a necessidade das Secretarias de Saúde e de Educação andarem sempre juntas e unirem esforços para o enfrentamento do mosquito que transmite a Dengue, Chikungunya e Zika Vírus. “É muito importante que cada pessoa reserve 10 minutinhos da semana para fazer uma inspeção e tirar os focos de dentro de casa”. Macaé ainda fez uma brincadeira com os dizeres de um dos cartazes que ela encontrou na escola. “Se está tranquilo para o mosquito, está favorável para as doenças”, completou.

Para a diretora da escola, Rosane Aparecida Belico Guimarães, a criança é a porta voz da família e por isso que cada vez mais o trabalho com os estudantes deve ser incentivado. “Se conscientizarmos as crianças, consequentemente estamos conscientizando os pais e na mesma casa uma família inteira começa a combater o mosquito”, falou.

Criança sabe das coisas

A dona de casa Adriana da Silva Nascimento, mãe da estudante Emanuelle Cristina Ribeiro, de sete anos, disse que um dia ao buscar a filha na escola se surpreendeu com a atitude da menina. “Estávamos caminhando para a casa e ela foi contando cada foco de Dengue que estava vendo. Foi pegando do chão até mesmo as tampinhas de garrafa e dizendo: mamãe não pode deixar água parada”, disse. A pequena Emanuelle confirma o que aprendeu na escola. “A professora falou que não pode deixar água parada em pneu, caixa d’água e nem em garrafas porque o mosquito vem e acaba com a saúde da gente”, disse.

Já o menino Kaique Adriano, de 11 anos, diz que em sua casa faz a sua parte para ficar livre do mosquito. “Para não ter foco do mosquito lá em casa, eu ajudo a minha mãe a limpar o quintal. Limpo a vasilha de água do cachorro todo dia, porque eu nunca tive Dengue e também não quero ter”, disse.

Para a professora Pâmela Maria de Cristo, que ajudou na organização do evento ensinando e preparando a criançada para este dia de mobilização, a interação com a família também é de muita importância para se eliminar os focos de dengue. “Ensinamos para as crianças e elas ensinam para a família inteira, e o resultado estamos vendo aqui hoje com tantas famílias que vieram a escola para ver, ouvir e falar sobre como evitar a dengue. Saúde e educação tem que andar juntas”, disse.

Laura Emanuele Coutinho de Araújo, de seis anos, diz que em sua casa ajuda a evitar a dengue jogando o lixo fora. “Eu ajudo a minha mãe a pegar as garrafas de refrigerante e os copinhos de iogurte. Colocamos tudo no saco de lixo e não jogamos nada no quintal”, finalizou a menina.

Foto: Omar Freire/Imprensa MG

Mobilização por todo o estado

A concentração neste sábado aconteceu em escolas localizadas em municípios que apresentam alto índice de infestação para a dengue: Escola São Pedro e São Paulo ( Belo Horizonte) as escolas estaduais João Pinheiro (Ituiutaba), Maria Elydia (Juiz de Fora), Deputado Renato de Azeredo (Sete Lagoas), Elídio da Costa Pereira (Divinópolis), Professor Botelho Reis (Leopoldina), Carlos Trivellato (Ponte Nova), Aureliano Pimentel (São João Del Rei), Professor Patrício Gomes (Teófilo Otoni), São José (Ubá), Enéas Vasconcelos (Uberlândia), Pedro Alcântara (Varginha) e Padre Deodolindo Coelho (Coronel Fabriciano), Fidélis Reis (Uberaba) e Felício Pereira de Araújo (Montes Claros) realizaram ações junto às comunidades.

Saiba mais sobre Dengue, Chikungunya e Zika Vírus em: www.saude.mg.gov.br/dengue

 

Por Alessandra Maximiano e Vívian Campos