Os 39 municípios que compõem a Superintendência Regional de Saúde de Belo Horizonte (SRS-BH) correspondem a mais de 5 milhões de habitantes, ou seja, mais de um quarto da população mineira. No intuito de proporcionar atualização aos profissionais de saúde em relação ao novo protocolo do Ministério da Saúde sobre o manejo de casos clínicos de dengue, a SRS-BH promoveu na última sexta-feira (04/03), uma capacitação para os profissionais médicos de seus municípios.
A capacitação foi ministrada pela médica infectologista do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas Gerais(CIEVS-Minas), Tania Marcial Amaral, que ressalta a importância da aplicação correta do protocolo para a saúde do cidadão. “A importância é seguir o protocolo de manejo da forma correta. Nosso principal objetivo é fazer o manejo de forma correta para evitar óbitos”, explicou.
Ainda de acordo com Tânia, o papel dos profissionais que participaram da capacitação passa a ser também de multiplicadores do conhecimento. “Fizemos um treinamento para multiplicadores. Este pessoal tem a missão de capacitar no município”. Para a médica, a primeira ação que o cidadão deve fazer, em caso de suspeita de dengue, é hidratar-se. “Em quadro de suspeita de dengue, o cidadão deve começar a se hidratar, cerca de 60 ml por kg por dia e procurar o atendimento médico”, disse.
Tânia também salientou a importância da mobilização popular para combater o mosquito e extinguir os focos. “Qualquer cidadão brasileiro deve fazer ação de combate ao mosquito. É uma questão de educação e consciência. Fazer a nossa parte”, disse.
A médica e diretora clínica da Santa Casa de Caeté, Vilia Jurgilas, enfatizou a relevância do autocuidado e da procura pela assistência. “O principal foco desta capacitação foram as novidades em relação à dengue. O atendimento será melhorado e as complicações serão diminuídas. Temos mais de 100 atendimentos/dia com suspeita de dengue em um município de 40 mil habitantes”, afirmou.
Médica que atua pelo Mais Médicos no município de Sabará, Priscila Brito, destaca a necessidade de multiplicar o conhecimento. “Tivemos atualização para protocolo de dengue. Toda essa informação que consegui aqui deve ser passada para os profissionais médicos, tanto da Atenção Primária quanto da Unidade de Pronto Atendimento (UPA)”. A respeito dos cuidados e do atendimento aos cidadãos com menos de dois anos de idade, gestantes e pessoas acima de 65 anos, a profissional enumera alguns cuidados especiais. “Os pacientes mais graves devem ser atendidos de acordo com o protocolo para evitar óbitos. São pacientes que devem fazer exames, avaliar se apresentam sinal de alarme”, explicou.
No contexto da prevenção, Brito afirma que é a população que irá controlar o mosquito. “Mais de 80% dos focos estão nas residências, portanto, é preciso ter cuidados como olhar o quintal todo dia, conversar com os vizinhos, usar repelentes, roupas que possam cobrir braços e pernas”, afirmou.
Por Leandro Heringer
