A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) participou nesta terça-feira (15/12) do primeiro dia do Seminário zika, chikungunya e dengue: desafios para o controle e a atenção à saúde. O evento, que se estende até a manhã do dia 16, tem como objetivo fomentar as discussões acerca das viroses, buscando assim o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) para enfrentamento dos atuais desafios da vigilância e da atenção à saúde.
O secretário de Estado de Saúde, Fausto Pereira dos Santos, fez parte da mesa de abertura do seminário e destacou a iniciativa da Fiocruz em mobilizar pesquisadores, gestores, profissionais da saúde e também a população para o controle do Aedes aegypti. “Os desafios para o enfrentamento das doenças causadas pelo vetor continuam sendo os mesmos. É preciso então, neste momento, unir esforços para que o impacto das ações possa ser mais abrangente. Para isso, estamos desenvolvendo um trabalho intersetorial com gestores públicos não apenas da área da saúde como também do meio ambiente, entre outros setores”, afirmou.
O secretário Executivo do Ministério da Saúde, José Agenor Álvares da Silva, também enfatizou que o combate ao vetor não é responsabilidade exclusiva do setor de saúde. “Isso é uma questão que envolve o Estado brasileiro, todos os entes do governo e a população. Se queremos ter um futuro mais confortável, é preciso agir agora e buscar engajamento de diferentes frentes”, destacou.
Durante o evento, o secretário também traçou um panorama geral dos desafios da zika, chikungunya e dengue para a saúde pública e usou a metáfora da guerra para ilustrar a situação. “Em uma guerra, se você se conhecer e conhecer bem o seu adversário, você tem 100% de chance de vencer. Por isso, a importância da mobilização de diferentes setores e da sociedade”, completou.
No seminário, que também contou com a participação da população, foi proposta a criação de comitês populares, nos diferentes municípios do estado, com o objetivo de mobilizar a comunidade para eliminar os focos do mosquito. Isso porque pesquisas recentes apontam que mais de 80% dos focos de Aedes aegypti encontram-se dentro dos domicílios.
“Agrupar gestores e a sociedade e fazer com que tenhamos espaços públicos para debater temas importantes como esse é fundamental para o enfrentamento da situação. É preciso colocar toda a potência do sistema brasileiro para o combate ao vetor e, para isso, a formação de comitês populares deve ser tratada como prioridade”, reforçou o presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, Valcler Rangel Fernandes.
O evento
O seminário é promovido pela Fiocruz Minas, em parceria com a Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde, a Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, a Secretaria da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e a Secretaria de Saúde de Belo Horizonte. O evento ocorre no auditório do Clube dos Oficiais da PM-MG, localizado na Rua Diabase, 200, Bairro Prado. Confira a programação do segundo dia:
DIA 16 DE DEZEMBRO
09h – 09h40 – Uma bactéria na luta contra as arboviroses emergentes
Apresentador: Luciano Andrade Moreira – Pesquisador da Fiocruz Minas
09h40 – 10h20 – Providências necessárias à assistência e ao controle
Apresentador: Fabiano Geraldo Pimenta Júnior – Secretário Municipal de Saúde de Belo Horizonte
10h -10h40 – Desafios para comunicação e participação social no controle das viroses
Apresentadora: Denise Nacif Pimenta – Pesquisadora da Fiocruz Minas
10h40 – 12h15 – Debatedores – Gerson Penna (Diretor da Fiocruz Brasília), Rodrigo Said (Superintendente de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador do Estado de Minas Gerais), Carlos Eduardo Calzavara (Vice-diretor de Pesquisa da Fiocruz Minas), Rivaldo Venâncio da Cunha (Diretor da Fiocruz Mato Grosso do Sul), Carlos Brito (Pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco), Marco Aurelio Horta (Assessor da Vice Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz).
12h15 – 12h30 – Encerramento – Fiocruz Minas, SES-MG, SMS BH
» Para chegar ao evento, confira o mapa abaixo:
Por Ana Paula Brum
