Os moradores do município de Rio Manso criaram um grupo no WhatsApp para eliminar os focos do mosquito da dengue na cidade. A iniciativa nasceu em outubro deste ano e já conta com mais de 80 membros. De acordo com os organizadores, o intuito é promover um espaço para tirar dúvidas e mobilizar a sociedade para a importância da prevenção contra o Aedes aegypti. 

A ideia partiu da Secretária Municipal de Saúde, Vanilda Dornas Santos, que percebeu que o aplicativo é uma ótima ferramenta para sensibilizar as pessoas. “Criamos o grupo porque atualmente as pessoas se comunicam muito pelo WhatsApp. Por ele divulgamos os dias e horários dos mutirões de limpeza, os locais que apresentam focos do mosquito e o que a população e o município estão fazendo para evitar a doença”, afirmou.

Intensificando as ações na sexta-feira (04/12), um mutirão de limpeza foi realizado na cidade. Os moradores de Rio Manso, também pelo WhatsApp, foram orientados a recolherem o lixo, colocando todo material que pode servir de criadouro para o mosquito da dengue para fora das residências. Possíveis focos nos telhados, calhas de água e até mesmo em recipientes dentro das casas foram verificados. Todo material foi recolhido pelos agentes.

Crianças mobilizadoras

Além desta estratégia o município também conta com o apoio das crianças para identificar os possíveis criadouros dos Aedes aegypti. São os fiscais mirins contra a dengue.

A pequena Layla Luiza, de 8 anos, é a fiscal mirim contra a dengue da Escola Municipal Benfica Batista de Sousa. Layla após assistir uma palestra sobre os perigos do mosquito já sabe o que deve fazer e falar para evitar a doença. “Eu sempre jogo fora a água das vasilhas e fiz um cartaz para colocar na escola que fala o que todo mundo tem que fazer para não ter dengue”, disse.

De acordo com a Secretária Municipal de Saúde, Vanilda Dornas dos Santos, a maioria dos focos de dengue estão nas residências e o município precisa da ajuda de todos para não deixar que a doença se espalhe. “A educação vem de dentro das casas, então contamos com a ajuda de todos para combater o mosquito”, disse.

Também segundo Karina França de Menezes, Coordenadora da Vigilância em Saúde do município, em Rio Manso a maior dificuldade que os agentes estão enfrentando na eliminação dos focos do mosquito é que a maioria das residências se encontram fechadas.

“A cidade possui muitos imóveis de chácaras e de sítios que durante a maior parte do tempo se encontram fechados. Tentamos notificar os moradores sobre a necessidade de limpar as piscinas e realizar a limpeza dos imóveis”, informou.

O Agente de Endemias, Carlos Alberto Gouveia, agradeceu a boa receptividade da população de Rio Manso que esta empenhada em eliminar os focos do mosquito.  “Também fazemos um trabalho de educação para que das próximas vezes as pessoas identifiquem e eliminem sozinhas os criadouros do mosquito”, disse.

Por Alessandra Maximiano