Por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Uberaba realizou, nos dias 26 e 27/10, o Seminário de Diretrizes do Programa Estadual de Controle da Dengue, Febre Chikungunya e Zika Vírus. O objetivo do evento, que ocorreu no Hotel Golden Park, em Uberaba, é implantar as diretrizes estaduais para o controle das doenças nos 27 municípios da região Triângulo do Sul, sendo que o produto final será a elaboração dos Planos de Contingência Municipais para o enfrentamento da Dengue, Chikungunya e Zika. 

Crédito: Sara Braga

Os trabalhos foram divididos em quatro eixos de atuação no enfrentamento às doenças, ou seja, Vigilância Epidemiológica, Controle Vetorial, Mobilização Social e Assistência ao Paciente. A condução ficou a cargo da coordenadora estadual do Programa de Controle da Dengue, Geane Aparecida Andrade, e da referência técnica do programa, Paula Vasconcelos de Figueiredo, além da equipe de Vigilância em Saúde da SRS Uberaba. 

De acordo com Geane, é importante salientar que, em um momento de alta transmissão de dengue, não há como trabalhar como se trabalha rotineiramente. "É preciso reorganizar o atendimento a esse aumento da demanda para que os pacientes do dia a dia não sejam prejudicados. Muitas vezes são adaptações relativamente simples com relação ao espaço físico e aos fluxos de trabalho dos profissionais”, ressalta.

O superintendente de Uberaba, Ivan José da Silva, afirma que o Seminário é uma estratégia para apresentar as novas diretrizes do estado de enfrentamento às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, contemplando a aproximação do período chuvoso, crítico para a proliferação do mosquito. "Além disso, o Governo do Estado de Minas Gerais está anunciando um incentivo financeiro complementar de um milhão e seiscentos mil reais (R$ 1.600.006,50) para ações de controle de endemias nos municípios da Macrorregião Triângulo do Sul”, completa.

O município de Araxá apresentou sua experiência no combate à dengue no seminário. "A parte de educação em saúde é a que mais queremos melhorar, logo, a participação e a troca de ideias no seminário vêm a contribuir muito com esse trabalho. Precisamos mobilizar as pessoas e achar mecanismos que garantam que ações de prevenção partam da população e não apenas da equipe de saúde”, acrescenta a coordenadora municipal de Vigilância Ambiental, Flávia Rios.

Diretrizes

De acordo com a SES-MG, a integração entre equipes de vigilância, educação continuada, organização da rede de atenção para atendimento do paciente com suspeita de dengue, gestão dos casos graves, participação nos comitês regionais e comitê central, discussão dos óbitos suspeitos nas unidades de saúde, reprodução de formulários e ações de contingência são as principais diretrizes de gestão e enfrentamento às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. 

Por Sara Braga