A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Coronel Fabriciano, em parceria com o Conselho das Mulheres Empreendedoras da ACIAPI-CDL, de Ipatinga, promoveram ontem (26/10) o 1° Fórum de Prevenção do Câncer de Mama do Vale do Aço. O encontro teve como objetivo fortalecer a campanha Outubro Rosa na Região Metropolitana do Vale do Aço e ampliar das discussões sobre o tema junto aos usuários do SUS. O Fórum contou com a participação de profissionais de saúde, usuários do SUS, representante da Assembleia Legislativa e de entidades sociais.
 

A Referência Técnica em Política de Atenção à Saúde da Mulher da SRS de Coronel Fabriciano, a enfermeira Vitória Augusta Teles Netto Pires, abordou em sua palestra o tema: "Câncer de Mama: mecanismos de controle e detecção precoce". Segundo a professora Vitória, o tema mais importante tratado durante a campanha do Outubro Rosa é o autocuidado e o empoderamento da mulher sobre o próprio corpo. Já o médico oncologista Thayles Vinicius Moraes abordou a parte clínica do câncer de mama. Em sua palestra, foram ressaltados os principais sintomas para a doença, como o endurecimento na mama e o surgimento de nódulo único, não doloroso. Além de deformidade ou aumento da mama, retração da pele ou do mamilo, gânglios axilares aumentados, vermelhidão, edema, dor e a presença de líquido nos mamilos.

Crédito: Flávio Samuel

A Presidente do Conselho das Mulheres Empreendedoras da ACIAPI-CDL de Ipatinga, Maria Zilda, coordenadora do fórum, apresentou as leis que garantem às mulheres direitos durante o tratamento do câncer de mama pelo SUS. Segundo Maria Zilda, ainda existe dificuldade em se fazer cumprir as leis em sua totalidade. No caso do câncer de mama, o tempo conta muito, visto que é o tipo de câncer que mais atinge as mulheres mineiras. Ela abordou a lei 11.664/08, que garante a mamografia às mulheres a partir de 40 anos pelo SUS; a lei 12.802, que dispõe sobre a obrigatoriedade da cirurgia plástica reparadora da mama pelo SUS; a lei 12.732, que estabelece prazo para início do tratamento do câncer e a lei estadual 7.049, já sancionada no Estado do Rio de Janeiro, que garante aos usuários a realizar exames capazes de detectar mutação genética nos genes BRCA1 e BRCA2. 

Crédito: Flávio Samuel
O fórum contou com a presença da Deputada Estadual Rosângela Reis, presidente da Comissão Extraordinária das Mulheres, que ressaltou a importância do bom funcionamento das políticas públicas de saúde na lutar contra o câncer de mama. “Temos a missão de discutir todas as questões que envolvem o câncer de mama e o câncer de colo do útero, mas é preciso priorizar e melhorar o acesso da mulher ao tratamento e diagnóstico pelo SUS”, ponderou a deputada.

O superintendente Wagner Barbalho ressaltou que segundo estimativas do INCA - Instituto Nacional do Câncer, em 2014 eram esperados 5.210 novos casos da doença em Minas, e que somente com busca ativa realizada ainda na Atenção Primária à Saúde é que ampliaremos a identificação do câncer em estágio inicial. “O melhor caminho para vencer o câncer é o diagnóstico precoce. Temos a tarefa como estado de traçar metas e estratégias para diagnóstico precoce do câncer de mama e de outras formas do câncer”, finalizou Wagner. 

Durante o fórum, diversas discussões foram realizadas, como as estratégias para diagnóstico precoce da doença em pacientes que já apresentam sintomas e também para o rastreamento do câncer em mulheres assintomáticas. O diagnóstico precoce submete mulheres com sinais e sintomas da doença à realização de exames para identificar o câncer em estágios iniciais. Já o rastreamento submete mulheres que não apresentam nenhum sintoma da doença à realização de exames para identificar lesões precursoras ou câncer em estágios iniciais.

Por Flávio Samuel