Nesta quarta-feira (14/10), foi comemorado o “Dia D” da Campanha Outubro Rosa 2015 na Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Varginha. O evento, que foi organizado por servidores dos núcleos de Atenção Primária, Redes de Atenção à Saúde e Assessoria de Comunicação Social, contou com a presença dos servidores do Centro Administrativo do Sul de Minas e teve como palestrante a enfermeira Eveline Silva, paciente em tratamento de câncer de mama.

Eveline Silva, 34 anos, mora no município de Três Pontas e foi diagnosticada com a doença em abril desse ano. Como a paciente não se enquadra na faixa etária alvo da campanha (40 a 69 anos) o diagnóstico de câncer de mama não era algo esperado. Segundo Eveline, inicialmente foi indicada a mastectomia (cirurgia para retirada da mama) e, após isto, o início do tratamento oncológico por meio da quimioterapia. “A quimioterapia é debilitante e pesada. Me fez perder os cabelos, mas nunca a minha vaidade e o gosto pela vida”, afirmou.

Ao falar sobre o diagnóstico e prevenção, ela afirmou que teve certeza, após o diagnóstico e início do tratamento, de que “Câncer não é sentença de morte. Para mim, a doença foi um degrau para a vida. Não tenho o que reclamar, somente a agradecer”. Para Eveline Silva, que trabalha com crianças nos hospitais em que exerce a profissão de enfermeira, é de suma importância que as pessoas desmistifiquem o câncer, inclusive, para os pequenos. “Certa vez, uma criança me perguntou, com carinha de brava, por que eu havia raspado meu cabelo. Expliquei a ela que ele caiu por conta de um tratamento, mas que aquilo passaria e ele voltaria a crescer”.

Eveline reforça que não se deve ter medo de pronunciar o nome da doença e nem acreditar que o paciente em tratamento deva ser preservado em casa tempo todo. “Eu amo viver; faço exercícios, vivo normalmente, claro que respeitando os meus limites e me resguardando após as quimioterapias. É muito bom ser mulher, é muito bom acreditar na vida. Vale a pena”.

Após o evento, alguns presentes tiraram dúvidas e a parabenizaram pelo otimismo, coragem e força. Todos os participantes foram convidados a pegarem um balão rosa, que enfeitava o auditório, e a se unirem no pátio do Centro Administrativo para, juntos, soltarem e enfeitarem o céu em alusão ao Dia D. “Não façamos a campanha sozinhas. Um diagnóstico envolve toda a família, pais, maridos, filhos, colegas de trabalho. Toda a sociedade se envolve e deve se envolver a cada dia mais nesta causa”, ressaltou Eveline Silva.

 

 

 

Por Tânia Corrêa