A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) promoveu, nesta terça-feira (06/10), em Belo Horizonte, o Seminário de Boas Práticas na Gestão e Assistência Obstétrica e Neonatal na Região Ampliada Centro. O objetivo do encontro é discutir e propor ações para o aprimoramento na atenção obstétrica e neonatal, por meio  do  Sistema Único de Saúde (SUS). Participam do seminário profissionais de saúde e gestores dos municípios de toda a região central do estado.

Crédito: Osvaldo Afonso

Segundo a Subsecretária de Políticas e Ações de Saúde da SES-MG, Miriam Maria Souza, o encontro representa parte de uma luta histórica pelas boas práticas no parto e nascimento. “Estamos concretizando o avanço das boas práticas no parto e nascimento em Minas Gerais. E para isso vamos apoiar os profissionais de saúde e gestores em todo o território do estado”, afirma.

De acordo com a Coordenadora Geral de Saúde das Mulheres do Ministério da Saúde, Maria Esther de Albuquerque Vilela, cada parto é único e precisa acontecer respeitando o direito à informação, autonomia e protagonismo da mulher gestante. “A mulher precisa ser acolhida, ser protagonista durante o parto. Ela tem direito a uma série de boas práticas, incluindo o contato pele a pele com o recém-nascido. Precisamos repensar o nosso modelo de atenção, incentivando a realização dos partos normais e humanizados”, afirma.

Considerado um dos momentos mais importantes para a mulher, o parto precisa ser tranquilo e seguro, prezando pelo acolhimento da gestante e do bebê. Entre os principais direitos da gestante estão: o apoio contínuo de um acompanhante durante o trabalho de parto e o parto, direito à privacidade, a métodos de alívio da dor que incluem o uso da banheira e do chuveiro, contato pele a pele com o bebê, amamentação, oferta de alimentos durante o trabalho de parto e posições verticais para o parto.

Durante o seminário, também foi discutida a importância do trabalho da enfermeira obstétrica ou obstetriz no momento do parto. “A assistência ao parto de baixo risco deve ser prestada preferencialmente por esse tipo de profissional, num trabalho em equipe. Já no caso do parto de alto risco, a gestante deve ser referenciada para a maternidade adequada de acordo com o caso, sendo cuidada pelo médico obstetra e também pela enfermeira obstétrica ou obstetriz da equipe”, explica Maria Esther.

A Superintendente Regional de Saúde de Belo Horizonte, Sônia Gesteira Matos, também destacou a importância do trabalho dos profissionais multidisciplinares na atenção à mulher gestante. “Tive a oportunidade de ter dois filhos com parto normal e sei que sem o trabalho desses profissionais de saúde isso não teria sido possível. Eles têm papel fundamental na mudança da história de várias mulheres, que não tiveram a mesma oportunidade que eu tive”, conta.

Já o Presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Minas Gerais, José Maurício Lima Rezende, lembrou da importância do acolhimento e tratamento humanizado às gestantes. “Precisamos incentivar o trabalho das equipes multiprofissionais para que as gestantes sejam acolhidas com carinho e humanização”, afirma.  

Por Jéssica Gomes