Foi realizada pela Superintendência Regional de Saúde (SRS) Coronel Fabriciano, no dia 11 de setembro, capacitação sobre Hanseníase na Secretaria de Saúde de Vermelho Novo para Médicos, Enfermeiros e Técnicos em Enfermagem. A capacitação foi ministrada pela Referência Técnica em Hanseníase da SRS-Cel. Fabriciano, Rosimeide Silva. O objetivo foi orientar os profissionais de saúde do município a fazer a notificação, acompanhamento e análise das formas de hanseníase, o seu tratamento, favorecendo um melhor diagnóstico e controle da doença.
A Referência Técnica, Rosimeide Silva, explicou que o diagnóstico precoce, ou seja, a busca ativa, é a chave para o tratamento e cura da hanseníase. Segundo Rosimeide, a informação e prevenção são o melhor meio de se lidar com esse tipo de doença, pois o diagnóstico em fase inicial torna o tratamento mais rápido e menos incômodo ao paciente. “O tratamento é de graça e pode durar de seis a doze meses e a medicação é disponibilizada pelo SUS e os medicamentos devem ser tomados todos os dias em casa e, uma vez por mês, sob supervisão no serviço de saúde”, ressaltou.
Quanto à importância da capacitação e treinamento, Letícia Ferreira Fernandes, Médica do Programa Saúde da Família (PSF) de Vermelho Novo ressaltou que tem paciente em tratamento de hanseníase, e que o município conta com 2 casos da doença, e hoje essa capacitação é muito importante e necessária, pois existem outras fases no tratamento da doença que ainda não conhecíamos, e com o suporte e orientação da Regional todas a dúvidas foram debatidas e sanadas.
Já Neuza Gomes Teixeira, Enfermeira do PSF de Vermelho Novo, disse que é importante otimizar as ações no município sobre a hanseníase, por isso foi necessário uma capacitação exclusiva e até mais profunda para o Corpo Técnico dos PSF’s. “Hoje temos 2 usuários com hanseníase no município, mas estão em tratamento, e logo estarão curados. Hoje nosso foco é mobilizar a comunidade sobre a importância do diagnostico precoce”, afirmou.
A Doença
A hanseníase é doença infecciosa, crônica, causada por uma bactéria – M. leprae. Ela afeta a pele e os nervos periféricos, os dos olhos, braços e pernas. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo e varia de dois a cinco anos. É importante que, ao perceber algum sinal, a pessoa com suspeita de hanseníase não se automedique e procure imediatamente um serviço de saúde.
“Quando o paciente com hanseníase inicia o tratamento, ele já não mais transmite a hanseníase para as pessoas do seu convívio. Com acesso a informações sobre o que é a hanseníase, nós teremos o diagnóstico precoce, aí sim poderemos evitar o aparecimento de deformidades. Qualquer mancha na pele com alteração de sensibilidade pode ser hanseníase. Neste caso, o paciente deve ser encaminhado a uma unidade de saúde para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento”, finalizou a referência técnica, Rosimeide Silva.
Por Flávio Samuel
