Busca avançada

Durante a 5ª Conferência Municipal de Nova Ponte (25 e 26/06) as Agentes Comunitárias estrearam o primeiro curta-metragem e emocionaram público.

Uma câmera na mão e a saúde pública na cabeça. A ideia é sensibilizar com a arte de uma forma simples: as agentes comunitárias de saúde produziram um curta-metragem (“Visitas que Curam”, 10 min, 2015) sobre o seu dia-a-dia. A estreia foi na 5ª Conferência Municipal de Nova Ponte (25 e 26/06) e puderam engajar sobre a importância em receber o profissional em suas casas para que eles possam identificar precocemente situações de risco, mesmo as mais sutis, como a depressão. Um trabalho importante pode evitar que as doenças se agravem.

Em uma mistura de poesia e realidade, os atores são os próprios profissionais que interpretaram a sua rotina com todos os seus desafios pelas ruas de Nova Ponte, interior de Minas Gerais. O trabalho foi produzido em três dias por Marcos Fernandes, Coordenador de Comunicação da Secretaria de Saúde de Nova Ponte e o roteiro foi baseado nas experiências de campo das próprias agentes.

A ideia era dramatizar a história de uma agente que com uma olhar sensível identificou uma moradora com depressão, que já estava tomando medicamentos e mostrar o seu processo de transformação durante o tempo, e a sua cura nas rodas terapêuticas, explicou Fernandes. “As agentes estavam fazendo um curso do projeto Caminhos do Cuidado e o trabalho final foi o curta. Nós criamos a história de uma moça com depressão que é orientada pela agente a procurar um grupo de saúde mental que passa a ser acompanhada pelos profissionais da Unidade Básica de Saúde”.

Mesmo conhecendo o trabalho das agentes comunitárias de saúde, Débora Carneiro Fernandes, moradora de Nova Ponte, ficou impressionada com o filme, pois não sabia que por trás do trabalho tinham tantas orientações, reuniões e que havia muitas responsabilidades. Já Almir Fontes, superintendente da Superintendência Regional de Saúde de Uberlândia, concordou e espera que o projeto seja expandido, “experiências assim precisam ser replicadas para todo o Estado e, quiçá, Brasil, porque sensibilizam os moradores para receberem com as portas abertas os profissionais da atenção primária”.

A história termina com a recuperação de Maria, após ela participar do grupo terapêutico e ser acompanhada pela equipe da Unidade Básica de Saúde. Mas nem sempre no mundo real as histórias terminam com um final feliz, como explicou a agente comunitária Daniela Carla Machado, 33 anos, que interpretou a profissional Ana, “é até mais profundo e a trocas são mais emocionantes”, relatou sensibilizada.  “Nós identificamos algumas pessoas no fundo de poço, e a gente renasce com a cura das pessoas. Cada dia que passa, nós crescemos com o tratamento. Temos mais vontade de procurar famílias com problemas. Eu amo o meu serviço”, disse feliz após o lançamento do curta durante a conferência.

 “Visitas que Curam”

Curta-metragem sem fins lucrativos foi realizado como trabalho final das Agentes Comunitárias de Saúde da Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Dr. José Soares de Farias no município de Nova Ponte para o projeto Caminhos do Cuidado.

Sinopse: Clara é uma mulher depressiva até que sua vida muda a partir do contato com a agente comunitária de saúde Ana.

Créditos:

Direção, Roteiro e Edição: Marcos Fernandes

Por Priscilla Fujiwara