Indianópolis, no Triângulo Mineiro, com aproximadamente 6.500 habitantes, é um exemplo que a mobilização social é uma grande ferramenta de combate ao aedes aegypti. Em 2015, o município não confirmou nenhum caso de dengue até o momento. Segundo a Secretária de Saúde de Indianópolis, Andréia Silva Rezende, o cenário é favorável porque a saúde trabalha com parcerias. “O poder público não consegue sozinho eliminar a dengue, por isso acreditamos na união de toda a comunidade, principalmente da educação, pois conscientizar os escolares é fundamental, uma vez que são multiplicadores das informações em suas residências e na sociedade”, afirma a gestora.
Sendo realizado desde 2013, o projeto “Indianópolis contra dengue” tem como principal objetivo sensibilizar e orientar a comunidade escolar e a população em geral em relação ao combate do vetor. Visando intensificar as ações escolares em 2015, as Secretarias Municipais de Saúde e Educação se uniram à Escola Municipal Tupiniquim para realizar diversas atividades com os professores e alunos sobre a dengue na semana de 18 a 22 de maio. Cerca de 350 alunos se envolveram com a temática, sendo que cada turma ficou responsável por uma atividade, como por exemplo: confecção de maquetes mostrando a diferença de um quintal limpo e um quintal com dengue, elaboração de poesias, dobraduras do mosquito, cartazes sobre a prevenção e sintomas da doença e peça teatral.
A Diretora da Escola Municipal Tupiniquim, Lucélia Aparecida Ferreira, afirma que escola sempre esteve engajada com o projeto. “Toda boa ação deve ser incentivada e é necessário somar os esforços para vencer a batalha contra a dengue”, disse a diretora.
Para o aluno do 5º ano “A”, Carlos Eduardo da Silva Franco, o trabalho desenvolvido serviu para o conhecimento sobre o vetor, doença, formas de combate e tratamento. “Aprendi que o vetor da dengue é a fêmea do mosquito e que ela pode transmitir também a Febre Chikungunya. Tantas pessoas falam sobre a dengue, mas a principal forma de combater a doença é eliminar os criadouros onde o mosquito possa se proliferar, porque não existe ainda uma vacina. E mais, várias pessoas pensam que é o fumacê que resolve, mas aprendi também que ele só mata os mosquitos adultos e não acaba com os ovos. Quem acaba com a dengue somos nós mesmos cuidando dos nossos quintais, e se não fizermos isso, ficamos doentes, sendo que não podemos tomar remédios sem o médico receitar”, concluiu o escolar.
Por Linda Paula e Lilian Cunha
