As pesquisadoras da Escola de Saúde de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG), Juliana Santos* e Ana Flávia Quintão** estiveram na Reserva Indígena Xakriabá, em São João das Missões, na região norte do Estado, com o objetivo de adoção do uso da cartilha  para a prevenção e controle da Leishmaniose Tegumentar Americana.

A ação tem o objetivo prevenir e controlar a doença na região, e é uma continuação ao trabalho de construção de uma cartilha educativa para a prevenção da Leishmaniose Tegumentar, realizado pela ESP-MG e o Centro de Pesquisas René Rachou-Fio Cruz, na Reserva Indígena Xakriabá, entre os anos de 2011 e 2013.

Nessa etapa foram realizadas oficinas com o uso da técnica de "Mapa Falado", com os representantes da comunidade indígena de cada Pólo de Saúde. “Nessa atividade os participantes buscaram fazer um mapa das aldeias que estão incluídas em cada Pólo de Saúde, registrando aqueles aspectos que julgam ser mais importantes para a realidade local”, explicou a pesquisadora da ESP-MG, Juliana Santos.

No desenvolvimento da técnica do Mapa Falado os participantes têm a oportunidade de discutir e refletir sobre várias questões relacionadas a organização comunitária, recursos disponíveis para a promoção da saúde, bem estar e qualidade de vida no local onde vivem, recursos naturais e seu uso, o meio ambiente local e sua degradação, dentre outros aspectos.

“A realização da técnica do Mapa Falado nas aldeias se constituiu um desafio para as pesquisadoras envolvidas, uma vez que esta foi a primeira vez em que esse método foi utilizado no âmbito da ESP-MG”, ressaltou Juliana Santos.

Como resultado desse trabalho, até o momento, foi produzido um mapa para cada Pólo de Saúde que será trabalhado in loco, juntamente aos representantes indígenas, para analisar as questões da Leishmaniose Tegumentar e então propor estratégias de prevenção e controle da mesma.

* (Bióloga, especialista em Ensino de Ciências e mestre em Parasitologia. Analista em Educação e Pesquisa da ESP-MG)

** (Bióloga, especialista em Ensino de Ciências, mestre em Epidemiologia e doutoranda em Saúde Coletiva. Analista em Educação e Pesquisa da ESP-MG)

Por Sílvia Amâncio