Nas Oficinas de Alinhamento de Investigação de Óbitos Materno, Infantil e Fetal, evento organizado pela Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano na última semana, os participantes puderam acompanhar e analisar casos de como a prevenção e controle pode ajudar a evitar novos óbitos.

Crédito: Roberto Bertozi

Numas das oficinas, a enfermeira Mirane Morais foi tutora em um caso em que se discutiu uma situação de óbito materno ocorrido no município de Coronel Fabriciano. “Falamos sobre o adequado preenchimento da declaração do óbito, o preenchimento das fichas de investigação domiciliar, ambulatorial e hospitalar e elaboramos medidas que devem ser implementadas nos municípios para a redução do óbito materno, fetal e infantil na nossa regional”, salientou.

A vigilância do óbito é uma estratégia importante no cuidado da saúde da mulher e da criança, porque contribui para a melhoria do registro dos óbitos, orienta as ações de intervenção para a prevenção e o controle de novos casos, informa sobre o contexto social e econômico da família, avalia as ações e os serviços de saúde, contribui no processo formativo permanente dos profissionais envolvidos, por meio de ações de sensibilização e análise de óbitos.

“Discutir esses casos de óbitos maternos, fetais e infantis em nossa  região, a partir da análise destas ocorrências, nos ajuda a elaborar propostas para encaminhamento aos gestores, a fim de reduzir o número das mortalidades em questão”, sintetizou. Dando continuidade às oficinas, o município de Cel. Fabriciano sediará o III Seminário de Prevenção do Óbito Materno, Fetal e Infantil, que acontece nos dias 28, 29 e 30/05, no Centro Universitário do Leste de Minas Gerais - UnilesteMG. 

Registro

A investigação das mortes é uma importante estratégia de redução da mortalidade infantil e fetal no Brasil. Contribui para melhorar o registro dos óbitos e possibilita a adoção de medidas para a prevenção de mortes evitáveis pelos serviços de saúde, dado que o processo investigatório quando realizado na íntegra retroalimenta os envolvidos com o processo assistencial e gera intervenções gerenciais para correção das falhas identificadas.

 

Por Roberto Bertozi