O Dia Mundial da Saúde foi criado pela Organização Mundial da (OMS) em dia 07 de abril de 1950, quando foi realizada a primeira Assembleia da entidade, que tinha sido criado dois anos antes, na mesma data.  A cada ano é escolhido um tema central para chamar a atenção das pessoas. Em 2014,o foco são as doenças transmitidas por vetores. Estas doenças são chegam aos humanos por organismos que transportam vírus, parasitos e bactérias.

A OMS define saúde como “o completo estado de bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de enfermidade”. Portanto, a questão da prevenção e da qualidade de vida são fundamentais. Dentro dessa perspectiva que a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) trabalha com o conceito de redes de atenção à saúde, assim todas as ações de saúde estão interligadas e “dialogam” dentro do sistema.

As redes estruturam de forma racional nos territórios sanitários para que se possam ofertar serviços com eficiência e qualidade. Por isso, as ações de atenção primária à saúde devem ser ofertadas em todos os municípios; as ações de atenção secundária (média complexidade) devem ser ofertadas nas microrregiões sanitárias; e as ações de atenção terciária (alta complexidade) devem ser concentradas nas macrorregiões sanitárias.

Conheça alguns dos programas da SES, que fazem parte da rede de atenção à saúde:

Viva Vida/ Mães de Minas

Minas Gerais reduziu a mortalidade infantil de 17,6 em 2003 para 12,29 óbitos em menores de 1 ano de idade para cada mil nascidos vivos no ano de 2013, ou seja, uma queda de 29,97%. Lançado em 2011 pelo Governo de Minas, o Programa Mães de Minas vem realizando inúmeras ações que impactam na redução da mortalidade materna e infantil, fortalecendo assim os propósitos dos ODMs. Até 2013, já foram cadastradas 155.438 gestantes e 46.034 crianças com até um ano de idade para a realização do acompanhamento integral da gestação e primeiro ano de vida.

Os investimentos do programa vêm objetivando a estruturação e qualificação da rede assistencial, como a ampliação do número de maternidades credenciadas ao longo dos anos para atendimento à gestante de alto risco totalizando 34 credenciadas e habilitadas; construção de mais 4 Centros Viva Vida (em andamento) além dos 28 Centros já existentes; investimento de R$ 35,5 milhões para a criação de novos leitos de UTI neonatal e pediátrico, ou seja, são 175 leitos em implantação e 529 leitos neonatais e pediátricos já implantados; implantação de mais 12 Casas de Apoio à Gestante e Puérpera (CAGEP) além das 17 já em funcionamento; 3 instituições contempladas com recurso para implantação de Banco de Leite Humano e 18 instituições para implantação de Posto de Coleta de Leite Humano, com 23 instituições certificadas quanto às boas práticas de amamentação.

Saúde em Casa

O Programa Saúde em Casa constitui um conjunto de ações sistemáticas direcionadas à universalização da oferta e ampliação da qualidade dos serviços de Atenção Primária à Saúde, por intermédio de ações com foco em infraestrutura, equipamentos e processos de trabalho

Minas é o Estado com maior número de equipes na Atenção Primária à Saúde em atividade, no ano de 2002, havia 2.278 equipes do programa Saúde em Casa, o equivalente a 43,4% de cobertura populacional. Esse número saltou para 4.511 equipes trabalhando na prevenção de doenças em 842 municípios perfazendo assim uma cobertura de 79,75% da população. Houve um salto, portanto, de quase o dobro da cobertura.

Farmácia de Minas

Desde a criação do programa, a Rede Farmácia de Minas contemplou 832 municípios com recursos para construção de 975 unidades da Rede Farmácia de Minas, beneficiando cerca de 16 milhões de cidadãos mineiros. Atualmente o estado conta com 518 unidades em funcionamento.

O programa é responsável pela distribuição gratuita de medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS) para os 853 municípios mineiros. Somente no ano de 2013, foram distribuídas 3 bilhões de unidades farmacêuticas entre medicamentos básicos, de alto custo. Como inovação, Minas Gerais lançou o programa Farmácia de Minas em Casa em alguns municípios mineiros, cujo objetivo é fornecer medicamentos em domicílio para os portadores de Asma Grave, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Dislipidemia e Esclerose Lateral Amiotrófica.

Pro-hosp

O Programa de Fortalecimento dos Hospitais (Pro-Hosp) tem como objetivo assegurar atendimento hospitalar de qualidade aos usuários do SUS o mais próximo possível de onde as pessoas moram. Os recursos são empregados na melhoria da infraestrutura hospitalar, implantação de novos serviços, compra de equipamentos de alta tecnologia e aprimoramento da gestão.

Desde 2003, o Estado investiu mais de R$ 1 bilhão de reais em 140 hospitais da Rede Pro-Hosp. Incentivo destinado à melhoria da infraestrutura dos hospitais, implantação de novos serviços de acordo com as necessidades das regiões sanitárias de saúde, compra de equipamentos de alta tecnologia e melhoria da gestão. Somente em 2013 foram investidos R$ 155 milhões por meio dessa iniciativa.

Hiperdia

O Programa Estadual de Atenção ao Portador de Hipertensão e Diabetes (Hiperdia) tem como objetivo articular e integrar ações nos diferentes níveis de complexidade do sistema de saúde. O objetivo é reduzir fatores de riscos dessas doenças e diminuir a evolução de casos que possam demandar atenção de maior complexidade e custo. Desde o início do programa, foram inaugurados 15 Centros Hiperdia Minas (CHDM). Os CHDM tem abrangência microrregional, os municípios sede das microrregiões de saúde contempladas são: Brasília de Minas, Diamantina, Itabira, Itabirito, Janaúba, Jequitinhonha, Juiz de Fora, Muriaé, Patos de Minas, Patrocínio, Pirapora, Santo Antônio do Monte, Teófilo Otoni e Viçosa. Além de Santa Luzia com abrangência municipal.

Os investimentos para a implantação dos centros no período de 2007 a 2013 já chegam a cerca de R$ 15 milhões de reais. Para a manutenção em 2013, por exemplo, foram gastos aproximadamente R$ 20 milhões de reais atendendo assim, potencialmente, cerca de 22% da população mineira.

Urgência e emergência

Em 2008, iniciou-se no Estado a implantação da rede de atenção às urgências e emergências que engloba um conjunto de ações para integrar os serviços de saúde e tornar o atendimento à população melhor e mais eficiente. O principal objetivo é garantir o encaminhamento do paciente ao ponto de atenção mais adequado e seu efetivo atendimento com uma assistência de qualidade, no menor tempo possível. Isso reduzirá o número de mortes e sequelas por causas evitáveis.

Em 2013, além da manutenção das redes nas macrorregiões do Norte de Minas, Nordeste Jequitinhonha e Centro Sul, deu continuidade na estruturação da rede nas macrorregiões Sul, Centro e Sudeste definindo os pontos de atenção, sistemas de apoio e logísticos, fluxos e procedimentos para implantação.

Em 2013, foram repassados R$ 221,7 milhões para custear a Rede de Urgência e Emergência no Estado de Minas Gerais. São contemplados 172 estabelecimentos de saúde (UPA, ProUrge e Componente Hospitalar) nos seus mais diversos níveis de complexidade, 13 SAMU´s Municipais e 3 SAMU´s Macrorregionais.

SETS

Com o objetivo de organizar integrar os municípios através de uma rede regional solidária e articulada foi implantado em 2005 o SETS – Sistema Estadual de Transporte em Saúde nas diversas microrregiões do Estado, o Sistema Estadual de Transporte em Saúde – SETS. Assegurando um dos preceitos fundamentais do SUS, que é a garantia do acesso aos serviços de saúde através de transporte eficiente e humanizado. Para que o cidadão tenha uma assistência contínua e integral, não basta apenas à existência de uma rede de serviços de saúde. Há, ainda, a necessidade de que meios de transporte estejam disponíveis para que os pacientes cheguem às unidades de atendimento.

O Sets beneficiou, desde 2005, cerca de 8,1 milhões de pessoas de 520 cidades mineiras. Neste período, já foram entregues 506 micro-ônibus a 48 Consórcios Intermunicipais de Saúde que gerenciam o programa em 61 regiões de saúde do Estado. Em nove anos de projeto, os investimentos ultrapassaram R$ 126 milhões. Em 2013, Minas investiu R$ 8.859.500 na substituição da frota de 5 consórcios que gerenciam o serviço há mais de 7 anos, com a aquisição de veículos novos e mais eficientes. Além disso, implantou módulos do SETS em mais 7 regiões de saúde do estado beneficiando mais de 1,2 milhões de pessoas em 48 municípios mineiros.

Por Jornalismo SES