Créditos: Henrique ChendesAs gestantes de alto risco da Região de Saúde de Ubá já podem contar com a Casa de Apoio à Gestante e Puérpera, local onde vão receber assistência e cuidados especiais enquanto esperam a chegada do bebê. Inaugurada na tarde de ontem, 29/01, no hospital Santa Isabel, com recursos do Governo Estadual estimados em R$ 510.000,00, a Casa vai oferecer hospedagem, alimentação e atendimento especializado às gestantes de alto risco e às mães que acabaram de dar a luz e que necessitam de acompanhamento assistencial. O investimento foi utilizado na construção do espaço e no custeio, tendo sido destinado R$ 30.000,00 para obras e parcelas mensais de R$ 40.000,00 para custeio.

A Casa de Apoio à Gestante e à Puérpera (mulher que deu à luz recentemente) fica nas dependências do hospital e tem capacidade para acolher até 12 mulheres simultaneamente. Com quatro quartos, banheiro, duas salas, copa, lavanderia e consultório, a casa foi planejada para manter as mães próximas aos bebês que precisarem ficar internados, fortalecendo o vínculo afetivo entre eles e permitindo que a mulher acompanhe de perto a evolução clínica do bebê, além de estimular e incentivar o aleitamento materno e, assim, diminuir a morbidade e mortalidade materna e infantil.

“A Casa da Gestante representa um ponto de apoio, uma referência para as mulheres. Aqui nós oferecemos um serviço humanizado e, estando na casa, podemos assistir a gestante e o bebê de perto, monitorando os problemas e cuidando da saúde como um todo. Temos o plantão de enfermagem 24h por dia, sete dias na semana, além da equipe médica do hospital, que fica disponível para atender as gestantes em todas as suas necessidades”, comenta a enfermeira chefe do Centro Obstétrico e da Casa da Gestante, Elisângela de Fátima Cardoso.

O presidente da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (FHEMIG), Antônio Carlos de Barros Martins, esteve presente na solenidade de inauguração da Casa representando o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Alexandre Silveira, e disse se sentir honrado por estar presente num momento de tamanha importância para a saúde das gestantes e dos bebês. “Fico contente em poder vivenciar uma ação que foi idealizada lá em 2003, no início desse governo. Essa parceria deixa evidente que os interesses da população sobrepujam os interesses partidários. A Casa da Gestante veio complementar os serviços que já vem sendo prestados às gestantes e vai trazer mais qualidade a vida das pessoas que vão receber esse atendimento”, afirma.

Segurança

Gabriela Almeida de Vasconcelos, 21 anos, é uma das gestantes que vai utilizar a Casa. Grávida pela primeira vez, ela está no sétimo mês de gestação e sente muita dor na barriga. “Achei essa iniciativa muito boa. Aqui me sinto segura porque tem alguém sempre por perto”, conta. Denise Aparecida Gomes, 37 anos, também vai utilizar a casa. Grávida da segunda filha, está quase no oitavo mês de gestação e também sente muita dor na barriga e na coluna, coisa que não aconteceu na primeira gravidez. “Esse atendimento é muito bom. Na gravidez da minha primeira filha não tive nenhum problema, além de enjoo. A assistência que temos aqui me deixa com mais segurança pra lidar com essas diferenças de uma gestação e outra”, afirma.

O ex-secretário de Saúde do Estado de Minas Gerais, Antônio Jorge de Souza Marques, também esteve presente na inauguração e elogiou o trabalho do Hospital Santa Isabel em prol da saúde das pessoas. “É muito cara ao Governo de Minas a preocupação com a área materno-infantil. A política inaugurada com a Rede Viva Vida mudou o panorama da assistência à saúde da mulher e da criança. Em Minas Gerais, temos 17 Casas em funcionamento e até o final do ano teremos 30 casas semelhantes a essa, para que as mulheres mineiras possam aguardar de forma adequada o momento do parto e acompanhar, com mais assistência, o filho que precisa ficar internado”, garante.

Banco de leite

Na mesma solenidade, o hospital Santa Isabel inaugurou um Posto de Coleta de Leite Humano, que aliado à Casa da Gestante, vai contribuir para a diminuição da mortalidade infantil em Minas.
De acordo com a coordenadora do Núcleo de Redes de Atenção à Saúde, da Regional de Ubá, Ana Cristina Dias Custódia, o hospital Santa Isabel foi habilitado em junho de 2013 para implantar um Posto de Coleta de Leite Humano. Para a prestação do serviço, o governo estadual investiu R$ 50.000,00. “O Santa Isabel atende toda a população da Região de Saúde de Ubá, composta por 20 municípios. A maior demanda, atualmente, é da UTI neonatal do próprio hospital que é habilitado para o atendimento das gestantes de alto risco. Eles construíram um espaço adequado para vir a ser um Banco de Leite, que vai somar ao serviço prestado na Casa da Gestante”, afirma.

Outros serviços

Créditos: Henrique ChendesForam inauguradas, ainda, as novas instalações do Centro Oftalmológico e do Laboratório de Anatomia Patológica e Citopatológica do Hospital Santa Isabel, com o objetivo de modernizar e ampliar a estrutura física e consequentemente, melhorar o atendimento.

“A atividade do hospital é ininterrupta. A casa possui portas que jamais foram trancadas às pessoas que buscam atendimento. Todos os dias travamos uma luta em favor da vida. E hoje é um dia especial, em que entregamos à população ubaense e da região novos serviços em parceria com os gestores municipais e estaduais”, diz o presidente do hospital Santa Isabel, Fabiano dos Santos.

Para o deputado federal, Marcus Pestana, no contexto dos 120 hospitais microrregionais, o Santa Isabel é a melhor experiência. “Esse é um momento emblemático que mostra o quanto a gestão desse hospital é visionária e está sempre inovando, ampliando e modernizando suas instalações. Isso demonstra o compromisso com os usuários”, opina.

Composto por recepção, sala de digitação de laudos, arquivo e ampla sala de patologia, o Laboratório de Anatomia teve a readequação do espaço para atender pendências no alvará de funcionamento, conforme determinações da Vigilância Sanitária.

Antes, havia um sub-dimensionamento da área física que tornava o trabalho mais difícil, conforme conta o técnico Wellington Sérgio Batista, que trabalha no hospital há 20 anos. “Antes era delicado, o cheiro dos produtos químicos ficava impregnado no ar. Agora temos melhores condições de trabalho, com mobiliário e equipamentos adequados. Agora tá ótimo. Melhorou em tudo, inclusive na eficiência do trabalho”, afirma.

Por Silvâne Vieira