Após período de testes, funcionários da Funed já podem trazer medicamentos vencidos para o descarte adequado

 

Depois de quase dois meses em período de testes, funcionários da Funed passam a contar a partir de agora com a coleta de medicamentos inservíveis. Por meio dessa prática, conhecida como logística reversa, os servidores poderão trazer de casa e descartar em um coletor específico, que será instalado no Serviço de Gestão Ambiental, medicamentos vencidos ou sem condições de uso. “O coletor ficará lacrado, com uma única abertura para depósito dos resíduos, portanto, somente nós, da Gestão Ambiental, teremos acesso aos medicamentos vencidos após o depósito pelos funcionários”, completa o engenheiro ambiental, o chefe do serviço de Gestão Ambiental da Funed, Marcos Mol.

Descarte dos resíduos

Todos os medicamentos que forem coletados serão incinerados em uma empresa licenciada. Essa incineração é um tipo de tratamento onde os resíduos são queimados em uma câmara. “A incineração consiste em um processo de oxidação térmica, com temperaturas do processo variando de 800 a 1300 °C. Nessas temperaturas e com excesso de oxigênio, por se tratar de uma atmosfera fortemente oxidante, ocorre a destruição térmica dos resíduos orgânicos, com a consequente redução de volume e de toxicidade do material incinerado”, explica o chefe do serviço de Gestão Ambiental, Marcos Mol.

“Considero mais uma iniciativa inovadora e que precisa ser incentivada. Somos modelo em gestão ambiental e queremos perseguir sempre boas práticas”, reforçou o presidente da instituição Francisco Tavares.

Ideia

A ideia de disponibilizar um coletor na Fundação surgiu no ano passado. Segundo Marcos Mol, o passo seguinte foi a confecção do material e a realização de testes. “Essa é uma forma de incentivar os funcionários a contribuir para o descarte correto dos medicamentos inutilizáveis e uma prática que em breve será regulamentada no país”, afirma o chefe do Serviço de Gestão Ambiental.

De acordo com ele, a política de logística reversa de medicamentos inservíveis no Brasil está em fase de elaboração e representa uma importante iniciativa, tendo em vista os impactos ambientais e na saúde pública decorrentes da disposição inadequada desses produtos. Para sua operacionalização, destaca-se o conceito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, entre os elos das cadeias produtivas e o poder público. “A responsabilidade compartilhada obriga uma nova forma de comunicação e envolvimento entre os elos das cadeias produtivas, bem como com o responsável pelo serviço público de limpeza urbana e o consumidor, de forma a encontrar as melhores alternativas de fluxo de retorno dos produtos inservíveis até uma destinação adequada”, explica Marcos Mol.

Antecipação ao cumprimento das normas

A ideia de realizar o coletor na instituição, segundo o engenheiro, é importante porque, dentre outros motivos, pode ajudar a Funed a se adequar às normas que serão regulamentadas. “É importante, primeiro, porque existe uma regulamentação em construção. Outro motivo é o cuidado com o gerenciamento de resíduos que a Funed deve ter. Assim, ao criar um ponto para que os funcionários tragam esses resíduos, a Funed está dando uma nova opção de descarte correto de medicamentos aos colaboradores, já que algumas farmácias também já disponibilizam esse serviço de coleta”, ressalta Marcos.

Ideia aprovada

A servidora Nilda Faúla Xavier, do Serviço de Contabilidade, foi uma das funcionárias que trouxe medicamentos vencidos de casa no período de testes e aprovou a iniciativa. “Com isso, todos nós deixaremos de descartar medicamentos em lixos comuns e isso evitará que os medicamentos cheguem até ‘lixões’ e que sejam utilizados de uma maneira indevida. Ajuda a proteger o meio ambiente e também facilita para os funcionários”, afirma.

Por Werlison Martins