· A bactéria KPC (Klebsiella pneumoniae Carbapenemase) é um microorganismo que foi modificado geneticamente no ambiente hospitalar e que é resistente aos antibióticos, principalmente aos carbapenêmicos. O contágio ocorre em ambiente hospitalar, pelo contato com secreções do paciente infectado, desde que não sejam respeitadas normas básicas de desinfecção e higiene.
· A emergência e disseminação de Enterobactérias resistentes a carbapenêmicos é uma ameaça à saúde pública por reduzir as opções terapêuticas para os pacientes infectados. Estes microorganismos, além de associados a altas taxas de mortalidade, têm potencial de se espalharem amplamente. O primeiro relato de KPC no mundo foi identificado nos Estados Unidos em 1996. A partir do ano de 2001 estas bactérias disseminaram-se amplamente em vários países. No Brasil, em 2009, foram identificados os primeiros casos de KPC em quatro pacientes de uma UTI de um hospital de Recife-PE . Em Minas Gerais os primeiros casos foram identificados no ano de 2010.
· De acordo com as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, Nota Técnica nº 01/2013 é indicação de notificação obrigatória a ocorrência de surtos de infecção hospitalar pela KPC ou outras bactérias multi-resistentes. Em Minas Gerais em 2010, tivemos 36 casos notificados com 3 casos confirmados, em 2011 133 casos notificados com 3 casos confirmados e nenhum óbito relacionado a KPC. No ano de 2012, em surto identificado em hospital da região metropolitana de Belo Horizonte tivemos 25 casos notificados, sendo 14 infectados (desenvolveram doença relacionada a bactéria) e 11 colonizados (tinham a bactéria, mas não desenvolveram doença.
· Em Minas Gerais em 2010, tivemos 36 casos notificados com 3 casos confirmados, em 2011 133 casos notificados com 3 casos confirmados e nenhum óbito relacionado a KPC. No ano de 2012, em surto identificado em hospital da região metropolitana de Belo Horizonte tivemos 25 casos notificados, sendo 14 infectados (desenvolveram doença relacionada a bactéria) e 11 colonizados (tinham a bactéria, mas não desenvolveram doença).
· No mês de novembro de 2013, foi suspeitado de caso de KPC em um hospital, em Montes Claros, sendo enviado amostra para a Fundação Nacional Ezequiel Dias, com confirmação no dia 05/12/13. Até o momento no hospital foram notificados 20 casos de KPC, com 03 óbitos. Atualmente, permanecem internados na UTI do hospital 9 pacientes, 2 são infectados e os outros 7 são apenas colonizados.
Ações do estado
· A Vigilância Sanitária Estadual, em contato com as equipes do hospital e da Vigilância Sanitária Municipal orientou as medidas para contenção de um possível surto. Foram instituídas medidas de vigilância e controle no hospital.
· O Centro de Informações e Estratégias em Vigilância em Saúde – CIEVS Minas, juntamente com a Vigilância Sanitária Estadual estarão acompanhando juntamente com as equipes locais, o surto do hospital em questão, e intensificando as medidas de vigilância e controle em outros hospitais da cidade e região devido o risco de disseminação da bactéria.
Medidas adotadas pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) DO HOSPITAL
· Suspenderam novas internações na UTI;
· Intensificaram medidas de precaução padrão e por contato (uso de capotes descartáveis, luvas e toucas), entre outras.
· Monitoramento dos casos (infectados e colonizados);
Medidas adotadas pelas SES e secretaria municipal de saúde:
· Inspeção sanitária no hospital;
· Grupo de trabalho para divulgação de alertas e medidas preventivas a todos os hospitais de Montes Claros;
· Visa’s estadual e municipal estão fazendo acompanhamento contínuo das ações necessárias ao controle dos casos;