Com a chegada das férias escolares, o risco de acidentes domésticos e de intoxicações aumenta. Isso se deve ao fato de as crianças estarem mais tempo dentro de casa, assim como, quando viajam, terem contato com um grande número de alimentos que estão mais sujeitos à deterioração.

No Hospital João XXIII (HJXXIII), da Rede Fhemig, são comuns os atendimentos a casos de atropelamentos, quedas, queimaduras, intoxicações e acidentes com animais peçonhentos cujas vítimas são meninos e meninas. “A curiosidade faz parte do desenvolvimento da criança. Os pais devem estar sempre em alerta”, adverte a pediatra e coordenadora da clínica pediátrica do HJXXIII, Eliane de Souza.

Prevenção

Segundo a médica, alguns cuidados básicos são primordiais para se evitar acidentes domésticos:
- Não colocar produtos de limpeza em garrafas de refrigerante e sempre mantê-los longe do alcance das crianças;
- Não guardar em casa venenos para ratos;
- Usar protetores para tomadas;
- Não deixar poltronas e cadeiras perto de janelas;
- Instalar telas protetoras nas janelas;
- Deixar a tampa do vaso sanitário fechada, pois crianças podem se afogar com um palmo de água;
- Evitar cobrir as mesas com toalhas grandes, pois elas podem ser puxadas;
- Não colocar as crianças em andadores porque eles não são seguros e aumentam o risco de acidentes.

Atendimento

“Os acidentes são evitáveis. Se os pequenos forem brincar, têm que ter um adulto supervisionando de perto”, reforça a pediatra. No caso da criança sofrer uma queda de maior gravidade e ficar inconsciente, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) deve ser acionado. Na ocorrência de ingestão de medicamentos, aspiração de objetos e queimaduras, a criança deve ser encaminhada ao hospital imediatamente.

Alerta

Nesse período de intenso calor, é muito comum, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, acidentes com escorpiões. Normalmente, eles se escondem em porões, cômodas, armários, gavetas e até sapatos. As casas devem ser limpas periodicamente e os entulhos precisam ser descartados corretamente para que nenhuma criança corra o risco de ser picada por esses animais peçonhentos.
Intoxicação alimentar

Frutos do mar, camarão, mexilhão, ostra, nozes, castanhas, amendoim e derivados do leite, são alimentos alergênicos para as crianças. Além disso, no verão, com as altas temperaturas, os alimentos podem se deteriorar com facilidade.

Assim, após a ingestão de alimentos estragados, se a criança apresentar tosse, coceira, manchas pelo corpo e vômito, a família deve procurar assistência médica. A medicação em casa, feita sem a prescrição do médico, para evacuar e provocar vômitos, não é aconselhável.

De acordo com a pediatra Eliane de Souza, os pais precisam inspecionar o que os filhos comem, principalmente aqueles que têm alergias a determinados tipos de alimento. “Os pais têm que evitar comprar e orientar a criança sobre os alimentos que não fazem bem para a saúde delas e sempre supervisionar o que e onde elas comem quando estão fora de casa”, pondera a médica.

 

Por Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais