Nesta primeira semana da campanha foram vacinados no estado 863.361 idosos, 156.044 crianças, 69.569 trabalhadores de saúde (que exercem suas atividades em unidades que fazem atendimento para a influenza), 65.075 gestantes, 14.347 puérperas e 3.167 indígenas. No Brasil, no total já foram vacinadas 11,3 milhões de pessoas.

Para a campanha que vai até o dia 26 de abril, foram disponibilizadas no Estado, 4,3 milhões de doses da vacina em 5.500 postos fixos e volantes, com 13 mil profissionais envolvidos e 1.525 de veículos disponibilizados, englobando um investimento de R$ 2,7 milhões.Segundo a coordenadora estadual de imunização da SES, Tânia Brant, o objetivo da campanha é reduzir o número de internações e de mortalidade causadas pela doença. “A campanha vem com o intuito de proteger as pessoas que têm maior probabilidade de adoecer por complicações da influenza”, afirma.

O grupo prioritário é composto por indivíduos com mais de 60 anos de idade, trabalhadores de saúde que exercem suas atividades em unidades que fazem atendimento para a influenza, povos indígenas, crianças na faixa etária de seis meses a menores de dois anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clinicas especiais e a população privada de liberdade.

O dia 20 de abril, sábado, foi o Dia D da campanha, cujo slogan é “Não vacile! vacine-se”. Segundo Tânia Brant, a data foi uma grande oportunidade para as pessoas comparecerem aos postos de saúde, que não funcionam nos fins de semana em outras épocas do ano.

Para fomentar na população o interesse pela vacinação, estão sendo distribuídos pela SES/MG um milhão de flyers e 50 mil cartazes e sendo veiculada propaganda em 159 emissoras de rádio no estado. A campanha também será veiculada em 90 mil sacos de pães enviados para padarias de Belo Horizonte, Ribeirão das Neves, Betim, Sabará e Santa Luiza. “A campanha é uma forma de divulgação massiva da importância da vacinação dos indivíduos que compõe o grupo prioritário”, afirma Tânia Brant.

Influenza

Estudos apontam que a vacinação contra a influenza pode diminuir de 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade global. Entre os idosos, pode reduzir o risco de pneumonia em cerca de 60%, e o risco global de hospitalização e morte de 50% a 68%, respectivamente. A vacina só não é indicada para pessoas com história de reação anafilática prévia ou alergia severa relacionada a ovo de galinha e seus derivados, assim como a qualquer componente da vacina. Também não deve ser administrada em indivíduos que apresentaram reações anafiláticas graves a doses anteriores.

A Influenza ou Gripe A (H1N1) é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório e de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais. A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém- contaminadas por secreções respiratórias podem levar o agente infeccioso direto a boca, aos olhos e ao nariz. 

Os sintomas costumam ser parecidos com os do resfriado: comprometimento das vias aéreas superiores, com congestão nasal, rinorreia, tosse, rouquidão, febre variável, mal-estar, mialgia e cefaleia. A maioria das pessoas infectadas se recupera dentro de uma a duas semanas sem a necessidade de tratamento médico. No entanto, nas crianças muito pequenas, idosos e portadores de quadros clínicos especiais, a infecção pode levar a formas clinicamente graves, pneumonia e morte.

Por Jéssica Gomes