Em Minas Gerais foram notificados 1349 novos casos de hanseníase em 2012. Deste total 12,3% já foram diagnosticados apresentando deformidade decorrente do avanço da doença. Porém, a Hanseníase tem tratamento e cura. A doença pode causar incapacidades físicas, mas que podem ser evitadas com o diagnóstico precoce e o tratamento imediato, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento, gratuito e eficaz pode durar de seis a doze meses. Os medicamentos devem ser tomados todos os dias em casa e uma vez por mês no serviço de saúde. Também fazem parte do tratamento exercícios para prevenir as incapacidades físicas, além de orientações da equipe de saúde da família.

A divulgação dos sinais e sintomas da hanseníase, do seu tratamento e da cura é uma importante arma no combate à hanseníase. “Nos últimos 5 anos foram diagnosticados cerca de 2000 novos casos. Em 2010 foram 1.524 casos, dos quais 4,1% (63) foram em menores de 15 anos. O acometimento de crianças pressupõe a presença de adultos doentes sem diagnóstico e sem tratamento, convivendo e transmitindo a hanseníase para crianças e adolescentes”, explicou Ana Regina Coelho de Andrade, Coordenadora Estadual de Dermatologia Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais  (SES-MG). 

De acordo com Ana Regina, os casos de hanseníase estão distribuídos por todo o estado, mas a situação merece maior atenção na divisa do estado com o sul da Bahia e Espírito Santo, na divisa com Goiás e Distrito Federal e na divisa de Goiás com o Triângulo Mineiro.

Busca Ativa

Para impulsionar o combate à hanseníase como problema de saúde pública, o Ministério da Saúde lançou o “Plano Integrado de Ações Estratégicas para Enfrentamento das Doenças em Eliminação”. O plano está focado nas atividades de busca ativa de casos e oferta de tratamento para este grupo de doenças. O Ministério da Saúde também disponibilizou recursos de R$ 25 milhões para 796 municípios prioritários, com a maior carga das seguintes doenças: Hanseníase, Tracoma, Geohelmintíases e Esquistossomose.

Doença

A hanseníase é uma doença infecciosa e atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo e varia de dois a cinco anos. É importante que, ao perceber algum sinal, a pessoa com suspeita de hanseníase não se automedique e procure imediatamente um serviço de saúde.

É preciso observar manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo e em áreas da pele. São manchas que não causam coceira, mas que produzem a sensação de formigamento, ficando  dormentes, com diminuição ou ausência de dor, da sensibilidade ao calor, ao frio e ao toque.

Autor: Juliana Gutierrez / SES-MG