O uso de drones como ferramenta complementar no combate à dengue possibilita mapear e monitorar áreas de difícil acesso, como terrenos baldios e telhados, permitindo mais eficácia nas ações das equipes de controle vetorial na eliminação dos focos de reprodução do mosquito, otimizando o direcionamento dos agentes de combate a endemias (ACE). Os drones também podem ser utilizados para a aplicação de larvicidas em áreas de difícil acesso, como lajes e caixas d'água.
A Unidade Regional de Saúde de Leopoldina tem oferecido apoio aos municípios na execução de todas as fases da política dos drones, contando com a atuação do CREA (Comitê Regional de Enfrentamento às Arboviroses) e a parceria com o CISUM (Consórcio Intermunicipal de Saúde União da Mata), responsável pela contratação da empresa de drones.
Em janeiro de 2025, todos os 15 municípios da Gerência Regional (GRS) de Saúde de Leopoldina receberam a equipe da empresa contratada, para realização do primeiro sobrevoo de drone em seus territórios.
O Prefeito de Astolfo Dutra, Wesley Cordeiro de Souza, destacou a importância da parceria entre governo Estadual, Consórcio Intermunicipal e Município para trazer essa tecnologia inovadora, capaz de fazer um mapeamento das áreas com maior índice de foco do mosquito Aedes. “Ano passado esse número foi muito grande, então precisamos trabalhar na prevenção, os locais onde os agentes não conseguem ver poderão também ser trabalhados a partir da ação com os drones”, disse.
Para Carolina Henriques, diretora administrativa do CISUM, o mapeamento aéreo que está sendo realizado com os drones poderá identificar os possíveis focos do vetor, permitindo uma resposta rápida e eficaz no controle do mosquito aedes aegypti.
Maria Luiza Talarico, coordenadora de Epidemiologia da GRS Leopoldina, evidencia o fato da ação ser realizada por serviço especializado, permitindo a apresentação de relatórios capazes de embasar a adoção de medidas pelos municípios, para um melhor controle do mosquito Aedes Aegypti.
Os Agentes de Endemias participaram da ação do sobrevoo em seus respectivos municípios. Maria Rita Madeira e Martins, supervisora de Endemias de Santo Antônio do Aventureiro, relatou ser “muito gratificante contribuir para um projeto pioneiro e tão grandioso, um desafio, que esperamos obter sucesso no combate ao Aedes em Santo Antônio de Aventureiro e assim como em todos os municípios da GRS Leopoldina”.