O treinamento que ocorreu entre os dias 29 e 31/10, na Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Uberaba, abordou aspectos do trabalho de Vigilância Ambiental com profissionais da macrorregião de Saúde Triângulo Sul. O evento é o 6º módulo de Treinamentos em Rotinas e Processos de Trabalho em Vigilância Epidemiológica, e dessa vez, abordou os eixos dos programas Vigiágua, Vigidesastres e Vigiar, com a participação de técnicos do Nível Central da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
Hideraldo Buch, referência técnica dos Fatores de Riscos Não Biológicos da SRS Uberaba, conduziu parte do curso e, segundo ele, houve presença maciça dos municípios, com participação de 51 referências técnicas. Buch informou que foi trabalhado o Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano do Estado de Minas Gerais (Vigiágua-MG), abordando o Plano de Ação Municipal de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, assim como a Vigilância em Saúde Ambiental dos Riscos Associados aos Desastres (Vigidesastres-MG). “As referências técnicas e coordenadores de vigilância ambiental em saúde, saíram fortalecidas para implementar, em seus municípios, atividades muito importantes para a execução do trabalho com os fatores de riscos não biológicos", disse a referência.
Entre as principais atribuições da Diretoria de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador da SES-MG, incluem-se a promoção do conhecimento, a detecção e a prevenção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, vigilância das populações expostas aos fatores de riscos ambientais não biológicos, ações que identificam mudanças nos determinantes e condicionantes do meio ambiente que possam interferir na saúde humana, medidas de promoção, além de prevenção e monitoramento de riscos ou agravos à saúde.
“O Núcleo de Vigilância Epidemiológica, vem apoiando diretamente as equipes municipais da macrorregião, colaborando para que as ações de sua responsabilidade venham a ser cumpridas integralmente”, afirma Denise Maciel Carvalho, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SRS Uberaba. O objetivo é aprimorar os processos de trabalho e resgatar rotinas importantes em Vigilância Epidemiológica. Denise explica também que, “considerando a rotatividade profissional que caracteriza as secretarias municipais de saúde, é fundamental que o curso seja realizado periodicamente, para atualização e formação desses profissionais”, conclui.
Os treinamentos foram iniciados de forma experimental, em abril de 2024, e já foram abordados: Sistemas de Informação em Vigilância Epidemiológica (SIM, SINASC e SINAN), Vigilância das Doenças Transmissíveis Agudas - doenças exantemáticas, PFA/Poliomielite, síndrome gripal e doenças transmissíveis por alimentos e água, Imunização e Rede de Frio, Vigilância da Tuberculose, Vigilância do Óbito e Vigilância Ambiental em Saúde. Está programado para acontecer, ainda este mês, o módulo Vigilância Laboratorial.
Segundo Fellipe Antônio Andrade Chaves, diretor de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador da SES-MG, “foram três dias de muita troca e aprendizados, contando com uma Oficina para elaboração do Plano de Ação Municipal de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, além de um simulado com foco no período chuvoso”. Segundo ele, a Resolução SES/MG n° 7.528/2024 veio em um momento bastante oportuno para o fortalecimento da Vigilância em Saúde Ambiental no Estado, e contou com a adesão de 852 dos 853 municípios mineiros. Na SRS Uberaba, todos os municípios aderiram ao instrumento, o que irá possibilitar avanços significativos nos Programas Vigidesastres, Vigiar e Vigiágua, na região.
A técnica de enfermagem de Sacramento, Francisca Maria Ferreira Leite, acredita que as ações educacionais promovidas pela SES-MG, em colaboração com a Regional de Uberaba são fundamentais para a capacitação e o aprimoramento dos profissionais. “Esses tópicos abrangem aspectos essenciais, como a prevenção de acidentes de trabalho e a proteção da vida e da natureza, por isso, é crucial que essas informações sejam disseminadas amplamente, para preparar as referências na área de vigilância ambiental e saúde do trabalhador para lidar com diversas eventualidades”, afirma.
Por Sara Braga
