Os Seminários Macrorregionais de Arboviroses são uma iniciativa da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) para preparar profissionais que atuam na prevenção, no combate e no tratamento das doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue e a chikungunya, no próximo período sazonal de chuvas, quando a circulação de mosquitos aumenta, e assim, a transmissão dessas doenças. Os seminários ocorrem em 16 regiões do estado a fim de levar informações a todos os municípios mineiros, preparando as equipes de saúde nas principais frentes de atuação deste trabalho, como vigilância epidemiológica, assistência à saúde, comunicação e mobilização social.
Em Uberaba, o Seminário Macrorregional de Arboviroses do Triângulo Sul ocorreu na última quinta-feira (26/9), no auditório da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e na sexta-feira (27/9), na Receita Federal. No primeiro dia, os temas abordados contemplaram o cenário epidemiológico de Minas Gerais e da macrorregião, atualização dos planos de contingência municipais, controle vetorial, vigilância laboratorial, ações de comunicação e mobilização social, gestão de emergências em saúde e ações preparatórias em várias áreas.
No segundo dia, o enfoque foi no manejo clínico da dengue, chikungunya e febre oropouche, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, e também foi abordada a organização dos processos de trabalho na Atenção Primária à Saúde (APS) e o cenário epidemiológico das doenças.
Aline Lara, superintendente de Vigilância Epidemiológica da SES-MG, explica que os investimentos do Estado visam preparar os municípios para uma possível epidemia de arboviroses no próximo ano, aumentando a oferta de serviços laboratoriais, a rede de insumos e a contratação de profissionais. Segundo ela, “a dengue é uma doença evitável e o manejo clínico adequado salva vidas, além de evitar a superlotação dos hospitais, por isso é tão importante”.
De acordo com a superintendente Regional de Saúde de Uberaba, Ana Maria de Oliveira Bernardes, o trabalho com os planos municipais de contingência deve ocorrer de forma integrada com outras áreas importantes no combate ao Aedes, como infraestrutura urbana e obras, meio ambiente, educação e assistência social. Ela afirma também, que a “resolução SES-MG nº 9.678, de 21 de agosto de 2024, viabilizou um repasse financeiro imediato de 50% dos valores destinados aos municípios para evitar que serviços e ações de saúde sofram descontinuidade no período de transição eleitoral que se aproxima”.
Regiane Aparecida da Silva, presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems Regional) e secretária de Saúde de Pratinha, salienta que o papel dos gestores é muito importante, especialmente na execução correta dos recursos financeiros. Falou também sobre “a importância de manter os serviços de saúde durante o processo de transição eleitoral, em 2025, evitando que a população fique desassistida durante as mudanças”.
O médico da Atenção Primária à Saúde do município de Frutal, Rafael Bernardes, fez um lembrete à toda população, “sigam corretamente as prescrições médicas sobre a quantidade de água adequada a ser consumida durante o tratamento das doenças. O uso farmacológico da dipirona ou paracetamol é uma forma de amenizar os sintomas, mas o tratamento para evitar as formas graves das arboviroses é a hidratação. O consumo de líquidos em casa, durante o tratamento, é fundamental”.