Em sequência aos treinamentos sobre rotinas e processos de trabalho em Vigilância Epidemiológica, o Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Uberaba realizou, na última semana (11 a 13/7), o módulo Vigilância da Tuberculose, no Auditório Safira, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). O treinamento contou com profissionais médicos, enfermeiros e referências em vigilância epidemiológica, atenção primária, rede hospitalar e sistema previdenciário.
Júnia Vilela, referência técnica em Tuberculose da SRS Uberaba, explica que o treinamento abordou a tuberculose na atenção primária, quadro sintomático respiratório, diagnóstico clínico, tuberculose pulmonar e extrapulmonar, diagnóstico bacteriológico, diagnóstico por imagem, organização da rede laboratorial, vigilância da tuberculose, “ além de estudo de casos e espaço para discussão do plano municipal de controle da tuberculose, cujas ações devem ser encerradas em dezembro de 2024”.
De acordo com Denise Maciel, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SRS Uberaba, a tuberculose é um grave problema de saúde pública que continua atingindo a população brasileira. Na região Triângulo Sul, nos últimos anos, houve aumento da mortalidade pela doença, assim como de casos de tuberculose resistente ao tratamento convencional. Por isso, continua, “precisamos nos atentar a este agravo e à importância de seu diagnóstico e tratamento oportunos e adequados, com vistas a evitar que novos casos surjam e mais vidas sejam perdidas” conclui.
O médico Rodrigo Molina, palestrante convidado para o evento, salienta que fez uma abordagem voltada para a importância do diagnóstico para tuberculose, tendo em vista o aumento de casos novos. Segundo ele, “a necessidade de inclusão do diagnóstico molecular, que é rápido e preciso, além do acompanhamento das pessoas em tratamento, a fim de evitar recidivas e, principalmente, a multirresistência aos medicamentos, é essencial”.
Débora Botta, referência em Vigilância Epidemiológica de Conceição das Alagoas, acha muito importante o treinamento, especialmente para a equipe médica, que carece desse suporte. Ela acredita que, “quando se traz uma equipe multidisciplinar, se tem um resultado melhor. Nesse sentido, a presença de um especialista, como o Dr. Molina, desperta os profissionais e agrega ainda mais conhecimentos”.
Por Sara Braga / Fotos: Sara Braga
