A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Varginha participou, no dia 11/6, de uma reunião com a Prefeitura Municipal de Lambari, Câmara de Vereadores, Secretaria Municipal de Saúde (SMS), gestão do Hospital São Vicente de Paulo e profissionais da saúde.

Pela SRS Varginha participaram o superintendente, Luiz Paulo Riceputti Alcântara, e a coordenadora da Rede de Atenção à Saúde, Thaís André de Britto. “A SRS Varginha tem se empenhado para estar presente junto aos municípios da sua área de abrangência, auxiliando-os nas complexas questões que envolvem o setor saúde, para que os tomadores de decisão possam estar municiados de informações adequadas”, destaca Luiz Paulo.

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O superintendente esclareceu que, com a visita, foi possível abordar a lógica da grade de parto e nascimento estabelecida em Minas Gerais, a qual visa garantir sustentabilidade financeira às maternidades, por meio da economia de escala, além do mais importante, a qualidade do serviço ofertado, por meio do efeito de aprendizagem gerado pela concentração dos serviços de média e alta complexidade em alguns pontos de atenção.

“Pela ótica da relevância na saúde pública e, sobretudo, no intuito de assegurar os princípios da universalização, equidade e integralidade da saúde do binômio mãe e bebê, a média complexidade hospitalar em obstetrícia recorre em um gargalo em nosso território. Atualmente, a demanda é notoriamente maior que a oferta desse serviço”, explicou Thaís Britto, coordenadora da Rede de Atenção à Saúde da SRS Varginha.

A equipe da SRS esclareceu aos participantes os critérios técnicos e norteadores do Estado que culminaram na pactuação da “grade de parto” da macrorregião de Saúde Sul, conforme Deliberação CIB-SUS/MG nº 4.351, de 26 de setembro de 2023, que aprova a reprogramação da média complexidade hospitalar em obstetrícia na Programação Pactuada Integrada de Minas Gerais (PPI/MG) para o território.

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A elaboração desta grade de parto teve como base a análise dos critérios estabelecidos a partir de estudos realizados à época, bem como as amplas discussões técnicas junto aos gestores das respectivas referências no atendimento de risco habitual gestacional e de alto risco gestacional da urgência obstétrica e demais municípios que compõe as macrorregiões de saúde. As metas desta programação equivalem ao que foi pactuado entre estes entes municipais e estaduais em Reunião Plenária de CIB-SUS no ano de 2023.

Thaís Britto ressaltou também que, em razão do dinamismo da rede e suas constantes necessidades de atualizações, além da nova divisão do território macrroregional, após publicação do novo Plano Diretor de Regionalização de MG, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) iniciará, em setembro do ano corrente, novo debate para repactuação da grade. “Desta forma, é possível mitigar os vazios assistenciais existentes, reconhecendo as necessidades específicas de cada região, inclusive com a possibilidade de inclusão de novos beneficiários na rede, de acordo com critérios pré-determinados”.

A Secretária Municipal de Saúde de Lambari, Fabiana Alves, explicou que “a referência de parto do município está atualmente direcionada para São Lourenço. A população nos cobra muito que, com isso, não nascem mais lambarienses. Por isso, buscamos essas orientações sobre como resgatar esse serviço para Lambari, já que o hospital tem uma estrutura boa”.

Maria Quitéria Nunes Brito, presidente do Hospital São Vicente de Paulo, destacou que a visita da equipe da SRS à unidade hospitalar é um estímulo. “Além de apresentar nossa estrutura hospitalar, com este encontro, conseguimos sanar nossas dúvidas e conhecer novas propostas ofertadas para nossa instituição e município”.

Opera Mais, Minas Gerais
Durante a reunião foi abordado também o Opera Mais, Minas Gerais, que é o Módulo Eletiva do programa Valora Minas. “Esta é a mais robusta política pública relacionada às cirurgias eletivas já implementada nas Minas Gerais, impactando substancialmente na redução das filas de espera por cirurgias agendadas no estado”, argumentou o superintendente Luiz Paulo Riceputti Alcântara.

No entendimento do presidente da Câmara Municipal de Lambari, João Alfredo Natali, o encontro possibilitou esclarecimentos sobre o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) na região. “As cirurgias de pequeno porte podem e devem ser realizadas aqui no nosso hospital, aproveitando o Programa Opera Mais. Sanamos várias dúvidas e estreitamos o relacionamento para buscar a mais eficiência do serviço prestado à população”, concluiu.

Por Thayane Viana de Carvalho Lenzi / Fotos: Divulgação Prefeitura Municípal de Lambari