Nesta quinta-feira, 15/2, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio da  Superintendência Regional de  Saúde (SRS) de Divinópolis, realizou um encontro com representantes das diversas regionais dos órgãos  estaduais, secretários e técnicos municipais de Saúde, além de parceiros do Governo de Minas para apresentar o cenário epidemiológico das arboviroses na macrorregião de Saúde Oeste. O treinamento ocorreu no auditório da Universidade Federal de São João del Rei (Campus Divinópolis) e teve como objetivo a discussão e a definição de uma atuação conjunta em ações para a eliminação de focos do mosquito Aedes.

O Estado de Minas Gerais enfrenta o segundo ano epidêmico consecutivo para dengue e chikungunya. Nos 53 municípios da macrorregião de Saúde Oeste, até o dia 09/02, foram registrados 15.460 casos prováveis de dengue. Desses, 5575  casos  foram confirmados e 9 óbitos estão em investigação para a doença.

16.02.2024-Divinópolis- plano  e manejo clínico da dengue 2

Diante do atual cenário, para combater o vetor, ações intersetoriais e alinhadas de todas as secretarias, fundações, autarquias e empresas públicas são fundamentais, atuando de forma colaborativa com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) para mitigar o aumento de casos e de óbitos evitáveis em decorrência de dengue e chikungunya no estado. Participaram deste encontro a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedese), Polícia Militar,  Consórcio Intermunicipal de Saúde de Urgência e Emergência da macrorregião de Saúde Oeste (CIS-URG), Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Itapecerica (Cisvi).

A capacitação abrangeu dois momentos distintos. O primeiro ocorreu no dia 15/2, com a  Oficina de Plano de Contingência das Arboviroses, que visou orientar as equipes municipais para ativação de níveis de respostas para os cenários das arboviroses. O segundo momento, realizado no dia 16/2, foi a qualificação em Manejo Clínico das Arboviroses, com o objetivo de qualificar os profissionais para atuar na resposta assistencial e atendimento dos pacientes suspeitos de arboviroses.

O subsecretaria de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Campos Prosdocimi,  destacou a importância dos profissionais utilizarem o plano de contingência para que saibam o que fazer, diante de um cenário de epidemia, em cada fase do plano, além de reforçar manejo adequado do paciente acometido pela doença. “Precisamos evitar os óbitos, pois os pacientes já estão adoecendo. Precisamos fazer um atendimento adequado aos pacientes”, destacou o subsecretário.

A superintendente Regional de Saúde de Divinópolis, Kênia Carvalho,  pontuou que  o Estado de Minas Gerais tem feito um chamamento importante para atuar junto aos parceiros governamentais para que possam contribuir para o combate ao mosquito, principalmente neste momento, em que o período de pico da doença é, que esperado para março ou abril, foi antecipado para janeiro. “A dengue é uma doença complexa que envolve promoção, prevenção, assistência e, hoje, estamos lidando com reabilitação de pessoas acometidas por um dos sorotipos. Precisamos estar atentos para que os profissionais façam uma assistência adequada ao paciente para evitar agravamentos e óbitos”, reforçou a superintendente.

Por sua vez, a presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems) da macrorregião de Saúde Oeste, Daniela Alves Ferreira, reforçou em sua fala, a  importância  de unir forças junto à comunidade e parceiros para atuarem proativamente no combate ao mosquito transmissor das arboviroses. “Para além de unir forças, nós, enquanto setor saúde, precisamos melhorar o nosso planejamento e monitoramento das ações tanto de controle vetorial, mobilização e assistência para prestar um bom serviço à população”, disse a presidente do Cosems-MG regional.

Segundo a secretária de Saúde de Divinópolis, Sheila Salvino, é necessário repensar as condutas de trabalho, pois a saúde tende a trabalhar de forma isolada no combate ao mosquito. “Precisamos agir melhor, trazer ideias para aperfeiçoar nossos planos para que possamos utilizar de forma otimizada os nossos recursos”, frisou a secretária.

 

Por Willian Pacheco