Visando o alinhamento regional de enfrentamentos às doenças causadas pelo Aedes aegypti, a Gerência Regional de Saúde (GRS) de Itabira, através do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, realizou o Seminário Regional de Enfrentamento às Arboviroses. O encontro foi uma ação de planejamento de enfrentamento à dengue na região, em 2024. 

O seminário foi realizado na Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira (Funcesi), na penúltima semana de dezembro, como uma das ações da GRS Itabira realizou, ao longo de 2023, visando a preparação das equipes municipais para o combate às arboviroses nas microrregiões de Saúde de Guanhães, João Monlevade e Itabira.

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De acordo com Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvepi) da GRS Itabira, o objetivo do seminário foi promover a discussão vinculada às práticas no controle das arboviroses, nos eixos vigilância epidemiológica, assistência, urgência e emergência, assistência farmacêutica, regulação, controle vetorial e comunicação social para apresentar as diferentes atuações no controle das arboviroses durante o período epidêmico deste ano, nas três microrregiões de Saúde da GRS Itabira.

Na abertura, o Diretor Regional de Saúde, Maurício Geraldo Marques, pontuou a importância do seminário para discutir em conjunto com os municípios as melhores estratégias de enfrentamento às arboviroses na região.

“Precisamos cada vez mais alinhar e buscar melhores as medidas de controle e prevenção das doenças causadas pelo Aedes aegypti, bem como preparar os serviços de saúde para atender às demandas da população”, ponderou Maurício Marques.

Entre os assuntos abordados está a análise do cenário epidemiológico, ações a serem intensificadas, notificação dos casos, manejo clínico e organização dos serviços de saúde e novas tecnologias para o controle vetorial.

De acordo com Marcelo Barbosa Motta, coordenador de Vigilância em Saúde da GRS Itabira, o Seminário Regional de Enfrentamento às Arboviroses teve como objetivo mobilizar esforços para mitigar os impactos de um possível surto, previsto em alertas da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e Ministério da Saúde (MS).

“Historicamente, os surtos de arboviroses ocorrem em intervalos médios de 3 a 5 anos”, afirmou o coordenador. Ele destacou que, atualmente, houve um período de dois anos com número baixo de casos. “A partir de dezembro de 2023, identificamos aumento progressivo neste número, que somado às projeções epidemiológicas indica possível ocorrência de surtos”, alertou.

Ainda de acordo com Marcelo Barbosa Motta, o seminário foi um momento para discussão e mobilização regional, que visa unir esforços no setor público e na sociedade para evitar casos graves e óbitos em 2024.

 

Cenário das arboviroses em Minas Gerais

Até o dia 2 de janeiro, Minas Gerais registrou 408.595 casos prováveis (casos notificados, exceto os descartados) de dengue. Desse total, 315.618 casos foram confirmados para a doença. Há 197 óbitos confirmados por dengue no estado e 73 óbitos em investigação.

Em Guanhães são 170 casos prováveis de dengue e 8 casos prováveis de chikugunya. Em Itabira, são 1.146 casos prováveis de dengue e 117 casos prováveis de chikugunya. Em João Monlevade, 2.753 casos prováveis de dengue e 39 casos prováveis de chikugunya.

Em relação à febre chikungunya, foram registrados 95.152 casos prováveis da doença, dos quais 78.786 foram confirmados. Até o momento, foram confirmados 46 óbitos por chikungunya em Minas Gerais e 18 estão em investigação.

Quanto à zika, até o momento foram registrados 151 casos prováveis. Há 46 confirmados para a doença e não há óbitos por zika em Minas Gerais, até o momento.

Por Flávio A. R. Samuel