Nos dias 18 e 19 de outubro, a Gerência Regional de Saúde (GRS) de Unaí, em parceria com a Prefeitura Municipal de Unaí e o Hemonúcleo de Patos de Minas, com apoio da Faculdade de Ciências da Saúde de Unaí (Facisa) e a Loja Maçônica Acácia Unaiense, promoveram uma ação de cadastramento de doadores de medula óssea, ressaltando a importância crítica desse ato para salvar vidas.

O transplante de medula óssea é um procedimento vital para o tratamento de uma série de doenças relacionadas à produção de células sanguíneas e disfunções no sistema imunológico, incluindo anemias graves, linfomas e doenças autoimunes. O procedimento é frequentemente a única esperança para pacientes que enfrentam esss condições de saúde debilitantes.

Em situações familiares, a probabilidade de encontrar um doador compatível gira em torno de 25%, tornando o processo mais favorável para pacientes que têm parentes dispostos a doar. No entanto, a realidade para muitos pacientes é bem mais desafiadora, uma vez que a chance de encontrar um doador compatível na população em geral é extremamente baixa, chegando a uma em cada cem mil pessoas.

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Diante dessa situação, a importância de ampliar o número de inscritos no Redome é evidente. Quanto mais pessoas se cadastrarem como doadores de medula óssea, maiores serão as chances de encontrar um doador compatível para as inúmeras pessoas que aguardam ansiosamente na fila de espera por um transplante de medula óssea. É uma oportunidade de salvar vidas que está ao alcance de todos.

Erica Viviane, referência técnica da GRS Unaí, ressaltou a importância da campanha que trouxe o Hemocentro até Unaí, facilitando o cadastro e doações para pessoas que não podem se deslocar a Patos de Minas, o hemonúcleo mais próximo. “Essa ação crucial aumentou o banco de dados do Redome, ampliando as chances de encontrar doadores compatíveis para aqueles que necessitam da doação. Além disso, a campanha aumentou a visibilidade da causa, sensibilizando a população sobre a importância de solidariedade na doação de medula óssea". 

Dagma Braga, responsável pelo setor de capacitação de doadores de sangue e medula óssea do hemocentro de Patos de Minas, explica  que “esse cadastro é de extrema importância, pois aumentar o banco de dados é fundamental. Quanto mais pessoas se cadastrarem, mais chances terão os pacientes que necessitam de doadores de medula óssea”. O processo de doação é simples. “Pessoas de 18 a 35 anos, em boa saúde, precisam apenas apresentar um documento de identidade para realizar o cadastramento. Depois, um pequeno volume de sangue é coletado para testes de compatibilidade com os pacientes necessitados. Caso haja compatibilidade, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) entra em contato com o doador para realizar testes de alta resolução e garantir que ele esteja em boas condições de saúde para o transplante ou doação", esclarece Dagma Braga.

O processo de cadastramento como doador de medula óssea é simples e indolor. Ele envolve a coleta de uma pequena amostra de sangue ou a coleta de células-tronco da medula óssea e as informações são registradas de forma confidencial no Redome. Com o aumento do número de doadores, mais vidas podem ser salvas. 

 

Por Gerência Regional de Saúde de Unaí / Foto: Eduardo Medeiros