Criado em 2019 pela Assessoria de Comunicação Social (ACS) da Fundação Ezequiel Dias (Funed), o programa de visitas “Portas Abertas” voltou à ativa após três anos paralisado em decorrência da pandemia de covid-19. Na última terça-feira (19/9), as atividades, que têm como objetivo aproximar a Fundação da comunidade, apresentando seus principais serviços, pesquisas e instalações, recebeu cerca de 120 alunos, dos cursos de Análises Clínicas, Biotecnologia e Farmácia, de diversas instituições como: Escola Politécnica de Minas Gerais, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Grau Técnico, divididos nos turnos da manhã e da tarde. 

A execução do projeto contou com a participaçãouma extensa equipe da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento, por meio da Divisão de Extensão e Divulgação Científica e do Núcleo de Inovação e Proteção ao Conhecimento, e de uma equipe da Diretoria Industrial, que coordenaram as visitas ao Serpentário e à Unidade de Produção de Sólidos. Além disso, cerca de 30 voluntários, como bolsistas, estagiários e mestrandos, participaram da retomada do Portas Abertas como monitores. 

O programa funciona em formato de circuito. Os visitantes foram recebidos no Auditório Central da Fundação, onde receberam as boas-vindas e puderam ouvir, pelo servidor Nery Vital, que pertence ao Núcleo de Inovação e Proteção ao Conhecimento (Nipac), da Funed, a importância da formação técnica para o desenvolvimento científico e tecnológico do país. “Diferentemente de países como a Austrália e a Finlândia, onde o coeficiente de adesão de estudantes aos cursos profissionalizantes chega a 70%, o Brasil ainda está bem longe dessa realidade, uma vez que aqui esse percentual é de apenas 11%. Assim, vocês fazem parte de um grupo que já está saindo na frente e tem pouca concorrência, com grandes chances de dominar o mercado. Vivemos hoje em um país continental, com uma grande capacidade de expansão. Logo, os cursos técnicos que vocês fazem hoje oferecem a escolha de um caminho profissional em que vocês serão os protagonistas”, ressaltou. 

No segundo momento, os alunos foram divididos em grupos, com base na cor da pulseira que receberam na entrada da Fundação, e seguiram com os monitores responsáveis em direção aos pontos que integram a rota de visitação. Biblioteca Científica, réplica do Laboratório do Ezequiel Dias, Serpentário, Unidade de Produção de Sólidos e caminhão do programa Ciência em Movimento foram os locais visitados. 

Carina Clarissa, aluna do curso de Análises Clínicas na Escola Politécnica de Minas Gerais, se disse grata pela oportunidade de ver na prática o conteúdo que aprendem em sala de aula e comentou os pontos percorridos. “Gostei muito da Unidade de Produção de Sólidos, onde são feitos os medicamentos, e vi que a produção passa por uma quantidade muito maior de processos do que eu imaginava. Visitamos também o Serpentário e, apesar de ter um pouco de receio com os animais, pude perceber que eles são bem tratados e estudados da maneira correta. A visita foi especial para mim, recomendo que cada vez mais pessoas venham conhecer, vale muito a pena!”, completou a estudante. 

Giovanna Luiza Soares Costa, também do curso de Análises Clínicas na Escola Politécnica de Minas Gerais, disse ter tido uma surpresa positiva ao conhecer a Funed de perto. “A expectativa era encontrar um ambiente estéril, como de hospital, com tudo branco e luzes artificiais. Fiquei contente em saber que aqui tem inclusive animais vivos e oportunidades para pessoas de cursos técnicos como o nosso atuar, não só profissionais com curso superior”, revelou. 

Aluno do curso de Biotecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Lucas Jordan também comentou a visita à Funed. “Para mim foi uma experiência incrível. Os profissionais são muito atenciosos e explicam muito bem. Me senti em uma extensão da sala de aula, no caminhão do Ciência em Movimento, por exemplo, onde foi possível ver a aplicação de coisas que já vimos na teoria em sala. De forma geral, a visita foi muito enriquecedora”, ressaltou.  

Giovanna Ferraz, estudante de licenciatura em Ciências Biológicas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é estagiária no Serviço de Coleção Científica e Popularização da Ciência da Funed e foi voluntária na retomada do programa Portas Abertas. A estagiária também comentou sobre a experiência. “Foi uma oportunidade muito legal, ver que a maioria das atividades que fazemos cotidianamente e que para nós já são comuns, para outras pessoas são encantadoras. Proporcionar essa experiência para eles e ver o interesse de cada um é muito gratificante”, frisou.

Por Ana Luíza Adolfo sob supervisão de Ana Paula Brum