Supervisores e coordenadores de atividades de controle do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya, zika vírus e da febre amarela iniciaram nesta segunda-feira, 4 de setembro, em Montes Claros, a participação no primeiro módulo de curso de qualificação de profissionais de saúde para o controle das arboviroses. A iniciativa prossegue até quarta-feira, 6 de setembro, com a participação das referências técnicas da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica e de Saúde da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros, Valdemar Rodrigues dos Anjos, Cássia Morais, Ronildo Barbosa e Rita de Cássia Rodrigues. Participam da capacitação profissionais de Engenheiro Navarro, Guaraciama, Jequitaí, Joaquim Felício e de Josenópolis.

Na abertura da capacitação, a superintendente regional de Saúde de Montes Claros, Dhyeime Thauanne Pereira Marques, destacou a importância dos técnicos e dos gestores de saúde intensificarem, já a partir desta época do ano, as ações de controle do mosquito Aedes aegypti com o objetivo de evitar que, com a chegada do período chuvoso, a partir de outubro, o Norte de Minas volte a enfrentar mais um período de aumento das doenças transmitidas pelo mosquito.

Equipes técnicas de municípios participam de curso em Montes Claros

“É de fundamental importância que o controle dos focos de proliferação do Aedes aegypti seja implementado durante todo o ano e não apenas depois do início das chuvas. Quando o município perde o controle dos focos, o emprego de ações emergenciais, como a aplicação de inseticida, torna o trabalho mais caro e exige maior esforço dos profissionais de controle de endemias”, reforçou a superintendente.

Dhyeime Marques sugeriu que, a partir das capacitações ofertadas pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o ideal é que os conhecimentos sejam disseminados para os demais profissionais de saúde dos municípios. Além disso, as equipes técnicas e os gestores municipais devem unir esforços para a intensificação das ações preventivas de controle do Aedes aegypti, evitando, com isso que, durante e após o período das chuvas, ocorra um aumento exponencial dos casos de dengue, febre chikungunya, zika vírus, além do risco do retorno da febre amarela.

Na mesma linha de raciocínio, a coordenadora de vigilância epidemiológica da SRS Montes Claros, Rita de Cássia Rodrigues lembrou que “agir de última hora, quando os casos de arboviroses já estejam sem controle, não traz resultado satisfatório para os municípios, além de causar sérios problemas para a saúde da população e a poluição do meio ambiente com o uso de inseticidas que só eliminam mosquitos adultos”.

A coordenadora entende que a tomada de decisões dos gestores com a participação dos conselhos municipais de saúde torna o trabalho mais eficiente, além de viabilizar a mobilização da população nas ações de enfrentamento ao Aedes aegypti, principalmente no que se refere à eliminação dos focos do mosquito que, em sua maioria, estão dentro dos domicílios.

 

Mais Eficiência

A referência técnica de vigilância em saúde da SRS de Montes Claros, Valdemar Rodrigues dos Anjos, explica que o objetivo do curso “é qualificar o trabalho implementado pelos supervisores e coordenadores de controle do Aedes aegypti, visando obter maior eficiência no controle e eliminação de focos do mosquito”. A capacitação foi iniciada no ano passado e é dividida em três módulos. Na primeira etapa é feita uma contextualização das arboviroses no estado e em nível regional; a implementação de operações de rotina e discussão de temas relacionados à epidemiologia.

No segundo e terceiro módulos serão tratadas questões sobre a realização de operações emergenciais de controle das arboviroses; gestão e manutenção de equipamentos e insumos; epidemiologia básica para ações de campo; competências e processos de trabalho; saúde do trabalhador e vigilância da febre amarela.

Por Pedro Ricardo