Para prosseguir com o enfrentamento e os cuidados nos casos de sintomas causados pelas arboviroses, os profissionais de saúde dos municípios da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Belo Horizonte participaram, na quarta-feira, 31 de maio, de uma capacitação em manejo das arboviroses urbanas.

O evento online foi realizado pela Coordenação Estadual de Vigilância das Arboviroses e detalhou uma série de procedimentos a serem seguidos em cada caso. 

Os principais objetivos foram qualificar a informação acerca das arboviroses urbanas em Minas Gerais, resgatar as informações de acordo com o Guia de Vigilância em Saúde, pontuar cuidados importantes no preenchimento das fichas de notificação, e pontuar questões relevantes no manejo clínico das arboviroses urbanas.

A referência técnica de Investigação de Casos e Óbitos por Arboviroses e Síndrome Congênita associada a infecções pelo vírus zika da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Suely Lima Dias, abordou a definição de casos suspeitos de dengue, chikungunya e zika, esclarecendo quais procedimentos devem ser tomados. “Casos graves em gestantes, idosos, recém-nascidos e os casos de óbitos devem ser preferencialmente confirmados por critério laboratorial. A coleta de amostras para análise em laboratório deve ser sempre estimulada.” afirmou. 

Suely também esclareceu que devido à semelhança de sinais e sintomas, além da cocirculação da chikungunya com dengue e zika, se a suspeita principal em determinado caso for a chikungunya, o profissional de saúde deve iniciar os testes por provas diretas. Se elas forem negativas, ele deve prosseguir com testes para dengue e, então, para zika.

Para a zika, a definição de caso suspeito também deve ser observada, já que ela inclui a presença de exantema (erupção geralmente avermelhada) acompanhada de sintomas como febre, conjuntivite não purulenta, artralgia (dor em uma das articulações) e edema periarticular. 

“Se a suspeita principal for zika, iniciar os testes por provas diretas até o 5º dia de sintomas. Pode-se utilizar amostras de urina para confirmar a infecção viral até o 15º dia de início de sintomas. Se, ainda assim, não houver positividade, utiliza-se a sorologia IgM a partir do 6º dia de sintomas e, posteriormente, testa-se para dengue e chikungunya.” disse Suely.

Imagem: SRS-BH

Outro ponto muito destacado durante a capacitação é que todos os profissionais estejam atentos ao Guia de Vigilância em Saúde. O Guia está disponível no site do Ministério da Saúde e pode ser acessado por meio do link https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_5ed_rev_atual.pdf

Por Alessandra Maximiano