Tocantins, que fica a 267 km de BH e pertence a área de abrangência da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Ubá, promoveu um evento de atualização sobre combate ao mosquito Aedes Aegypti para todos os servidores municipais da Atenção Primária e do setor de Endemias. A programação contou com a palestra de Dionísio Pacceli, referência técnica de Controle Vetorial da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e mestre em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O encontro ocorreu no dia 25 de maio, e cerca de 60 pessoas participaram da atualização, incluindo profissionais de outras cidades, como Piraúba e Astolfo Dutra. “Participei da reunião em Muriaé, quando a Força Estadual esteve lá apoiando o enfrentamento do cenário das arboviroses, e acompanhei o relatório que o Dionísio e equipe apresentaram. Desde então, tenho solicitado que ele viesse ao nosso município, porque ele traz uma abordagem diferenciada sobre o Aedes, tem uma bagagem muito extensa e valiosa neste campo”, contou Deleon Silva, coordenador de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde de Tocantins.
Atuando há 40 anos no combate ao Aedes, com passagens desde o serviço de campo a órgãos gestores, Dionísio Pacceli ressaltou que o enfrentamento das arboviroses deve ser direcionado para educação e comunicação, e que este é um desafio tanto para os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), como dos Agentes Comunitários de Endemias (ACE), que devem trabalhar de forma integrada.
“O fundamento da atuação do ACS e do ACE é a promoção à saúde e a prevenção das doenças, neste caso, as arboviroses. O primeiro passo a ser dado em conjunto é conhecer o território em suas dimensões física, geográfica e humana, pois é formado por seres humanos e suas interações. Em segundo momento, reconhecer os atores que lá vivem e trabalham, suas características e lideranças, sejam elas políticas, religiosas, educacionais e principalmente comunitárias, pois são essas pessoas que podem nos proporcionar um canal de comunicação aberto com a comunidade. Enquanto profissionais que cuidam da saúde coletiva, representantes do poder público, precisamos ser uma presença positiva, que contribui para melhoria da condição de vida das pessoas”, salientou Dionísio.