A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros concluiu, na quinta-feira, 25 de maio, a realização das oficinas de vigilância do óbito materno, infantil e fetal. O último encontro, realizado no auditório do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Área Mineira da Sudene (Cimams), contemplou a participação de profissionais de saúde da microrregião de Saúde de Francisco Sá. Compareceram referências técnicas de Botumirim, Capitão Enéas, Cristália, Francisco Sá, Grão Mogol e Josenópolis.

Com o objetivo de reforçar a importância da investigação dos óbitos maternos, infantis e fetais, entre abril e maio a SRS Montes Claros realizou oficinas com as microrregiões de Saúde de Janaúba, Monte Azul, Salinas, Taiobeiras, Bocaiúva e Coração de Jesus. A referência técnica de vigilância epidemiológica da SRS, Rosane Versiani de Aguilar, destaca que o trabalho dos comitês municipais e hospitalares na investigação dos óbitos, “além de qualificar as notificações, os dados refletem de maneira geral as condições de desenvolvimento socioeconômico da região, bem como o acesso de crianças e das mulheres em idade fértil aos serviços de saúde. Reduzir os óbitos por causas evitáveis é de fundamental importância, devido aos impactos que isso causa no contexto familiar e da sociedade como um todo”, frisou a referência técnica. 

Ao abordar a constituição e manutenção do trabalho dos comitês de prevenção à mortalidade materna, infantil e fetal, a referência técnica da Coordenadoria de Atenção à Saúde da SRS, Eusane Ferreira Fonseca Santos, reforçou que “a identificação das causas de óbitos constitui importante instrumento de gestão. Isso porque, quando bem consolidados, os dados servem para reforçar ou reorientar políticas governamentais nas áreas da saúde, assistência social e de qualidade de vida da população mais vulnerável, além de viabilizar a avaliação da qualidade da assistência prestada pelos serviços de atenção primária, especializados e de alta complexidade”, disse Eusane.

Foto: Pedro Ricardo

Hildeth Maísa Torres Farias, referência técnica em vigilância do óbito, observou que o trabalho dos comitês de prevenção à mortalidade materna, infantil e fetal, bem como a investigação das causas dos óbitos por parte dos municípios e hospitais, “propicia a busca de parcerias entre os serviços de saúde com outras instituições, visando a superação de problemas enfrentados pelas populações mais vulneráveis no contexto sócio-econômico. Além disso, a troca de experiências entre os profissionais de saúde possibilita oportunidades de reforçar a importância da educação continuada”, disse. 

 

Plano Estadual

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) lançou, no segundo semestre de 2021, o Plano Estadual de Enfrentamento à Mortalidade Materna e Infantil. A iniciativa envolve ações intersetoriais que estão sendo implementadas pela rede de atenção primária e serviços de urgência e emergência. As principais metas são reduzir, até este ano, a razão de mortalidade materna para 40 óbitos por 100 mil nascidos vivos e a taxa de mortalidade infantil para 11,11 por mil nascidos vivos.

Paralelo a várias ações, o Plano prevê a promoção do acompanhamento adequado ao recém-nascido de risco; a promoção da qualidade do cuidado e a segurança da paciente na assistência materna, conforme as diretrizes do Projeto de Aprimoramento da Gestão de Segurança do Paciente e o fortalecimento dos sistemas de informação e vigilância da saúde materna e perinatal.

Por Pedro Ricardo