Identificar e saber o tratamento para os casos que envolvem doenças como dengue, zika e chikungunya foi o objetivo da capacitação sobre manejo clínico das arboviroses, que ocorreu em formato virtual, na quarta-feira, 29 de março, para os 39 municípios que compõem a SRS BH.

A capacitação foi realizada pela médica infectologista do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Tânia Marcial. Diversos profissionais de saúde aprenderam, por meio de casos clínicos, a identificar os casos de cada doença e a conduzir os pacientes para o tratamento adequado.

Foto: SRS BH

Foram apresentados diversos exemplos de casos suspeitos das doenças e suas principais características. “O padrão clínico das arboviroses, de um modo geral, pode começar como uma doença febril indiferenciada. Febre, mialgia e mal estar que às vezes pode passar despercebido tanto para o paciente, quanto para o profissional de saúde. Devido ao aumento dos casos, devemos nos preparar tanto na questão de atenção à saúde, quanto na questão do manejo clínico”, afirmou Tânia.

A médica também explicou aos participantes que geralmente, quando a prova do laço - exame realizado no paciente - é positiva, o caso é de dengue, sendo esse exame um dos critérios de definição dos casos da doença, já que identifica a fragilidade dos vasos sanguíneos, característica da dengue. Já outros sintomas como dor intensa e edemas nos punhos e nas mãos, além de outros sintomas, caracterizam um caso de chikungunya, sendo que a dengue não apresenta edemas em regiões do corpo. 

No caso da zika, a doença é caracterizada por febre baixa e exantemas maculopapular (manchas avermelhadas na pele), além de outros sintomas. A médica destacou que os profissionais de saúde devem lembrar que a zika também é uma doença sexualmente transmissível. “A zika pode ser transmitida por relação sexual vaginal, oral, anal e pelo compartilhamento de sex toys (brinquedos sexuais)”, disse. 

No caso de pacientes do sexo masculino, é orientado que o homem com suspeita de zika não tenha relações sexuais durante 6 meses ou utilize preservativo. “Essa medida é porque o homem possui uma carga viral no semem 100 mil vezes maior que no sangue, e ele permanece com o vírus da zika no semem por 6 meses. Na urina e na secreção vaginal o vírus permanece presente durante 90 dias”, explicou. 

Durante a capacitação, além de outras informações para os profissionais, foi destacado também o tratamento para os casos de dengue por meio da hidratação. “É muito importante que os profissionais de saúde orientem às pessoas sobre como fazer a hidratação, que deve ser com sais de reidratação oral, além da ingestão de outros líquidos”, disse.

Mais informações sobre arboviroses, manejo clínico e vigilância laboratorial das arboviroses estão disponíveis em: https://www.saude.mg.gov.br/aedes

Por Alessandra Maximiano