A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), com o apoio da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), promoveu, em menos de quinze dias, entre 20 de março e 4 de abril, quatro capacitações presenciais para médicos e enfermeiros que atuam nas Unidades Básicas de Saúde, Pronto Socorro, Unidades de Pronto Atendimento e/ou Hospitais públicos e privados de Uberlândia, Monte Carmelo e região prestarem um atendimento oportuno, evitando óbitos e sequelas aos pacientes com suspeita de dengue e chikungunya.

Parte dos 18 municípios da área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Uberlândia encontra-se em alta incidência para as arboviroses transmitidas pelo aedes aegypti. Em 2023, segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela SES-MG, em 4 de abril, a região notificou 15.040 casos de dengue, com três óbitos confirmados e dez em investigação. Quanto à chikungunya, são 93 casos notificados.

Reunião Arboviroses Monte Carmelo - SES-MG com o apoio da OPAS - Foto: Jéssica Silva

A referência técnica regional em arboviroses, Jéssica Silva, destacou o esforço da SES-MG, em conjunto com os médicos infectologistas da OPAS, em capacitar os profissionais de saúde conforme os protocolos clínicos atualizados para evitar óbitos pelas doenças. “Na análise epidemiológica, estamos vendo muitos casos de dengue grave ou com sinais de alarme, e os casos vêm aumentando nas últimas semanas. Por isso é importante que os médicos e enfermeiros tenham as informações corretas para o tratamento adequado”, disse a referência técnica.

Presente no evento em Monte Carmelo, o médico Ingo Matsubara Garcia, ressaltou a importância da atualização. “A capacitação nos permitiu entender a estrutura da saúde e saber direcionar melhor, ou seja, para onde encaminhar os pacientes, como funciona este fluxo. Revisamos os conceitos, e alguns deles já não são mais usados”.

Garcia reforçou que a capacitação “trouxe informações novas, possibilitando um atendimento mais objetivo dos pacientes, e com uma visão interessante de que, diante das epidemias, o serviço tem que mudar, estabelecendo estratégias para que consigamos dar conta dos atendimentos”, finalizou o médico.

Saiba mais em: https://www.saude.mg.gov.br/aedes

Por Lilian Cunha