Uma oficina para discutir a política de Ampliação da Média Complexidade Ambulatorial, promovida pela Gerência Regional de Saúde (GRS) de Itabira, por meio da Coordenação de Atenção à Saúde (CAS), reuniu gestores municipais de saúde, referencias técnicas de regulação e atenção especializada dos municípios das microrregiões de Saúde de João Monlevade e de Guanhães.

O encontro ocorreu na quarta-feira, 29 de março, no miniauditório da Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira (FUNCESI).

Equipe da coordenação estadual de atenção especializada da SES-MG - Foto: GRS Itabira

O gerente regional de saúde da GRS Itabira, Maurício Geraldo Marques, ressaltou que a oficina apresentou a política de ampliação da média complexidade, além de alinhar a implantação dos Centros Estaduais de Atenção Especializada (CEAE) nas microrregiões de Saúde de Guanhães e João Monlevade, visando cobrir o atual vazio assistencial da atenção especializada. “Hoje, apenas a microrregião de Saúde de Itabira possui um Centro de Atendimento Ambulatorial Especializado (CEAE). Então, precisamos priorizar os pontos de atenção mais frágeis, como a questão da assistência, prevenção do câncer, saúde da mulher, além das linhas de cuidado prioritárias para o Estado”, destacou.

As linhas de cuidados prioritárias, elencadas pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) são:

•      Pré-natal de alto risco (PNAR);

•      Criança de risco;

•      Propedêutica do câncer de colo de útero;

•      Propedêutica do câncer de mama;

•    Hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes mellitus (DM) de alto e muito alto risco;

•      Idoso frágil. 

De acordo com o coordenador da atenção à saúde (CAS) da GRS Itabira, Ismar João Cândido, as linhas de cuidado reúnem condições de incidência elevada e impactos significativos na saúde da população. A estruturação dessa oferta assistencial é fundamental para organização dos serviços e atendimento nas necessidades de saúde do território, conforme parâmetros assistenciais. “A nova Política passará por períodos de transição para que os territórios assimilem o seu objetivo. Assim eles podem se organizar e se estruturar para realizar a oferta assistencial das linhas de cuidado”, disse o coordenador.

A coordenadora da atenção especializada ambulatorial da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Tâmara Cristina de Souza, explicou que a oficina buscou preparar os municípios em relação à política de ampliação da média complexidade nas microrregiões de Guanhães e João Monlevade, e que o momento foi uma oportunidade de publicizar ainda mais a base legal da política de ampliação, além de esclarecimento de dúvidas.

“Ressaltamos que a política para a ampliação da média complexidade é uma demanda que foi discutida no âmbito da Secretaria Estadual de Saúde, e que visa exatamente dar vazão a um gargalo, que é o da atenção especializada com relação às linhas de cuidado prioritário, que são as condições de saúde mais prevalentes da população”, pontuou a coordenadora. 

Os técnicos da coordenação estadual de atenção especializada da SES-MG, Fabiana Martins Dias de Andrade e Victor Resende, destacaram, durante a oficina, que a política de ampliação da média complexidade visa fomentar a atenção especializada no âmbito de todo território de Minas, e que atualmente a política de atenção especializada atende apenas uma parcela da população mineira.

 

Visita ao CEAE da microrregião de Saúde de Itabira

Na quinta-feira, 30 de março, a equipe da coordenação estadual de atenção especializada da SES-MG visitou o CEAE (Centros Estaduais de Atenção Especializada) da microrregião de Saúde de Itabira. O objetivo da visita, segundo a referência técnica em promoção à saúde da GRS Itabira, Pollyanna de Oliveira Silva, foi observar o andamento dos processos e a situação da estrutura da unidade de atenção especializada. “Foi um momento muito positivo, porque parte da equipe técnica da coordenação de atenção especializada ambulatorial da SES-MG, que realiza o acompanhamento desta política no Estado, puderam observar o dia-a-dia e acompanhar a supervisão da unidade, que ocorre anualmente. A equipe, durante a visita, sugeriu algumas adequações, e destacou alguns pontos e detalhes técnicos para que o serviço do CEAE de Itabira fique ainda mais organizado”, finalizou.

Por Flávio A. R. Samuel