Um dos principais problemas de saúde pública do estado de Minas Gerais é a doença causada pelo mosquito Aedes aegypti (dengue), que atinge diversos municípios mineiros, e dentre eles 8 da jurisdição da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Patos de Minas estão com altos índices de infestação.

Para tais atos é necessário a utilização do Plano de Contingência para Arboviroses que norteia as ações da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e orienta os municípios e é um documento elaborado com o intuito de auxiliar em questões de epidemia de dengue, zika ou chikungunya.

O Comitê de Enfrentamento às Arboviroses da SRS de Patos de Minas reuniu os principais eixos do plano, e partiu para a realização de reuniões com o município para unir forças para a eliminação do mosquito durante o mês de março.

Os eixos de Vigilância Epidemiológica, Vigilância e Controle Vetorial, Atenção à Saúde, Gestão, e Comunicação e Mobilização, juntamente com a diretoria, realizaram visitas às cidades com maior índice de infestação, para nortear todas as referências técnicas e averiguar a situação de cada município, abordando o Plano de Contingência redigido por cada município, e apontando os pontos positivos utilizados e em quais deveriam ser melhorados.

Créditos: Pedro Lucas

Segundo a superintendente regional de saúde de Patos de Minas, Noemi Portilho, “ao analisarmos os dados epidemiológicos relativos à situação das Arboviroses, nos municípios de nossa regional, verificamos que vários encontravam-se em alto risco ou muito alto risco de infestação de dengue, com alguns apresentando casos graves e óbitos suspeitos. A partir daí começamos a realizar visitas técnicas a esses municípios, com o objetivo de repassarmos cada eixo do respectivo Plano de Contingência de Arboviroses, e assim repensarmos juntos outras ações a serem implementadas para enfrentarmos essa situação. Tal ação considero muito produtiva, e os resultados têm sido positivos, e as participações muito efetivas”, ressaltou.

Ações contínuas

O Aedes aegypti circula o ano todo, devendo sempre estar em monitoramento e controle de infestações, onde devem ser realizadas táticas de combate e intensificar durante o calor e as chuvas.

Segundo a gestora municipal de saúde de Lagoa Grande, Khatia Maria de Oliveira “a partir da visita que recebemos em nosso município junto com a equipe da SRS Patos de Minas realizamos uma avaliação do Plano de Contingência para o Enfrentamento das Arboviroses. E na oportunidade convidamos vereadores para participar das discussões e criar novas estratégias buscando envolver todos os segmentos municipais nas execuções das ações preventivas. A união se faz necessária nas ações educativas, coletivas e individuais no sentido de combater o vetor. Nas formas de: Informação, mobilização e educação para a saúde”, pontuou.

Nas ações realizadas pelos 21 municípios pertencentes a SRS Patos de Minas, o monitoramento é realizado de forma semanal, assim como planejamentos de mobilizações sociais, para informar e capacitar a população de como eliminar focos, além da realização de reuniões semanais entre os Comitês de Enfrentamento as Arboviroses entre os responsáveis técnicos de cada Secretaria Municipal de Saúde para recomendação de medidas de controle.

O mais importante é evitar que o mosquito nasça. E caso não seja possível, utilizar de outras ferramentas para evitar a transmissão da dengue, zika e chikungunya. Vale lembrar que todo local onde há água parada deve ser eliminado, já que ali é o ambiente em que o inseto transmissor coloca os seus ovos.

“A visita dos técnicos da SRS de Patos de Minas, foi de grande valia, pois nos deu um novo ânimo e também motivou o grupo da área da saúde em um âmbito geral para avaliarmos novas formas de trabalhar para minimizar os focos de dengue. E a partir daí intensificamos diversas ações, como mutirões de limpeza em áreas externas, bem como lotes, terrenos baldios, e nas regiões com maior índice de casos de dengue, estamos realizando bloqueios (entrando em todas as residências do bairro) nos bairros”, relatou José Ailto Teixeira de Souza, Coordenador da vigilância ambiental de João Pinheiro.

Por isso, a população deve adotar alguns cuidados em casa, como: evitar água parada em pequenos objetos, pneus, garrafas e vasos de planta; manter a caixa d’água fechada e realizar limpezas periódicas em calhas e no quintal; vedar poços e cisternas e descartar o lixo de forma adequada. O mesmo vale para prédios, galpões e outras instalações de uso comercial.

Por Pedro Lucas