Já há um bom tempo que foi percebido que estratégias mecânicas como a panfletagem, por exemplo, não são eficazes quando a intenção é conscientizar. O conhecimento real e prático acerca de uma informação precisa de mais que isso para conquistar a atenção da população; precisa de interesse despertado, aliado a formas adaptadas às realidades e próximas do que chama a atenção daquele grupo específico. 

Créditos: Tânia Corrêa - SRS Varginha

Pensando nisso, o trabalho de Mobilização Social em Saúde vem sendo cada dia mais adaptado às realidades daquele público que se deseja atingir. Cada ação deve ser direcionada da melhor maneira: conciliar temática, público e abordagem. Na Superintendência Regional de Saúde de Varginha (SRS), há de se destacar que, dentre as 30 principais temáticas trabalhadas em Mobilização em Saúde, as Arboviroses, em especial, são tema de 35% das ações recebidas dos municípios. Em seguida, aparece a Saúde da Mulher, representando 13% das ações que a SRS recebe das referências municipais dos 50 municípios de abrangência.

Claudenice Aparecida Martins, Agente de Endemias do município de Varginha, realiza um trabalho de mobilização voltado para crianças que já tem mais de 10 anos. Ela dá vida à “Mosquitona” da peça “Xô Mosquito”, idealizada pela equipe das endemias da Secretaria Municipal de Saúde de Varginha (SMS) e que diverte e ensina as crianças da cidade sobre os perigos do Aedes e como cuidar das casas e conscientizar pessoas. Para Claudenice, trabalhar a mobilização é mais do que um serviço. 

“É diferente ver o brilho no olhar das crianças quando abordamos esse tema tão sério de uma forma acessível ao entendimento deles. E os resultados são crianças interessadas e conscientes da importância de colaborar com o combate ao mosquito” afirmou Martins.

No dia 24 de março, a equipe da SMS Varginha realizou, na praça do ET, um dia D contra as Arboviroses, onde crianças de escolas municipais puderam interagir com a Mosquitona - que entrou na dança junto com a criançada na aula de Zumba ao som do funk da Dengue. Além disso, o movimento atraído pela ação foi aproveitado para a aplicação de uma pesquisa por acadêmicos de Enfermagem do Centro Universitário do Sul de Minas (UNIS-MG), a respeito do conhecimento dos munícipes acerca da dengue e das doenças transmitidas pelo Aedes. O resultado da pesquisa poderá embasar a equipe municipal de endemias na elaboração de estratégias direcionadas a determinadas localidades onde se observa menor conhecimento sobre o tema.

 

 

Por Tânia Corrêa