Febre alta que apresenta um início repentino acompanhada por dores de cabeça, dores no corpo e articulações e sensação de fraqueza são sintomas comuns da dengue, da zika e da chikungunya. E, quando esses sintomas aparecem, deve-se procurar uma Unidade Básica de Saúde de forma imediata para o diagnóstico e início do tratamento. Com o objetivo de reforçar os cuidados que os profissionais de saúde e de vigilância de endemias que atendem a essa população, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Sete Lagoas, realizou uma reunião de capacitação com os municípios da região.

As conversas começaram com as equipes de vigilância epidemiológica e laboratorial que focaram em explicar aos profissionais de saúde e endemias municipais como realizar um atendimento eficiente às pessoas que têm chegado aos postos de saúde com sintomas que podem se encaixar nos casos de dengue, zika ou chikungunya. As equipes técnicas da regional também orientaram sobre os cuidados para as realizações dos exames de detecção e identificação do vírus.

Créditos: Nayara Souza

“Quando o paciente chega até as unidades com febre de 39°, vômitos persistentes, dor abdominal que não cessa, hemorragias, diminuição repentina da temperatura corpórea, ele precisa receber ainda mais carinho e atenção porque é o paciente que tem maior chance de evoluir para dengue grave", explicou a referência técnica em vigilância epidemiológica e ambiental, Ana Paula Teixeira de Carvalho.

A especialista disse ainda que o trabalho de controle da doença e atendimento às pessoas deve ser reforçado junto ao trabalho de impedir a proliferação do mosquito Aedes aegypti. E para isso, como observa a referência em Mobilização Social da Regional de Saúde de Sete Lagoas, Ana Paula Salgado, cada um deve cuidar da sua casa. “O quintal sem lixo e entulho, as garrafas armazenadas de cabeça para baixo, manter os ralos internos e externos da casa limpos e não deixar água acumulada são cuidados que já conhecemos e precisamos reforçar”, lembrou a mobilizadora.

Os agentes de endemias do município de Sete Lagoas tem contado com uma ajuda importante para que essas ações de rotina não sejam esquecidas: as crianças. “A gente retomou a realização de teatros nas escolas que tem dado muito certo. As crianças dos 03 aos 12 anos, ouvem, aprendem e replicam os cuidados contra o mosquito. Elas gostam de fazer paródia, redação , desenho. E eles cobram dos pais, dos avós.”, disse Fabrícia Mendes Arauto, mobilizadora e agente de endemias do município de Sete Lagoas.

O mobilizador e agente de endemias do município de Corinto, Geraldo de Fátima Fernandes, também observou como o trabalho feito nas escolas faz a diferença. No município eles trabalham além do teatro, as gincanas e a contação de histórias. “Mobilizar é mudar hábitos. É preciso entender a rotina e a realidade de cada morador para entender o que cada pessoa vai entender cada informação e usá-la para transformar as coisas”, explicou Fernandes.

Por Nayara Souza