Com o objetivo de conter o avanço das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (dengue, febre Chikungunya, Zika vírus e febre amarela), a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros realizou nesta terça e quarta-feira trabalho de supervisão das ações que estão sendo implementadas no município de Porteirinha. Além do acompanhamento de visitas de agentes de combate a endemias em residências, a iniciativa envolveu a realização de capacitação da equipe de profissionais que atuam no controle vetorial abordando, entre outros assuntos, reconhecimento geográfico e levantamento de índice, tratamento e eliminação de focos do Aedes aegypti.

Aliado ao trabalho executado com as equipes operacionais do município, as referências técnicas da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da SRS, Valdemar Rodrigues dos Anjos e Ildenir Meireles Barbosa, também participaram de reunião do Conselho Municipal de Saúde de Porteirinha. Na oportunidade reforçaram a necessidade de envolvimento de todos os segmentos da população nas ações de enfrentamento às arboviroses. Isso porque, nas últimas quatro semanas o município contabilizou 69 casos notificados de dengue, alcançando uma taxa de incidência de 182,43 casos por 100 mil habitantes. O município está classificado como de alto risco na possibilidade de proliferação de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, o que exige a intensificação das ações de eliminação de focos do mosquito.

Durante reunião com o secretário municipal de saúde, Djalma Antunes Filho, e com as coordenadoras de vigilância em saúde e de controle vetorial, Carlaila Monikh dos Santos e Damaris Antunes Pimenta, as referências técnicas da SRS fizeram avaliação do que foi constatado durante a supervisão. Entre outras questões foi abordada a necessidade de realização da busca ativa de pessoas que apresentam sintomas de alguma das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, a fim de que sejam realizadas intervenções imediatas visando conter a proliferação de vírus.

Divulgação: SRS Montes Claros

Paralelo a essa iniciativa, Valdemar Rodrigues lembrou que a notificação dos casos deve ser realizada de forma imediata, uma vez que todas as decisões tomadas pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) são baseadas em dados oficiais cadastrados no Sistema de Agravos de Notificação (Sinan). “Quando da identificação de casos suspeitos de pacientes acometidos por dengue, febre Chikungunya e Zika vírus os serviços de saúde devem providenciar a coleta de amostras para isolamento viral e análise no laboratório da Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte”, pontuou.

A coordenadora de vigilância em saúde da SRS, Agna Soares da Silva Menezes, observa que, além de Porteirinha, desde o ano passado a Superintendência tem realizado supervisões técnicas nos municípios que apresentam as maiores incidências de casos notificados de arboviroses. “A iniciativa visa auxiliar e orientar os municípios na melhoria e intensificação das ações, uma vez que nesta época do ano a tendência é de aumento dos casos notificados de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti”, ressaltou. Para as ações de enfrentamento das arboviroses, entre 2021 e 2022 a SES-MG repassou mais de R$ 7,2 milhões aos 86 municípios da macrorregião de saúde do Norte de Minas.

Por Pedro Ricardo