Em reunião ocorrida em sua sede nesta sexta-feira, 17 de fevereiro, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Ponte Nova, por meio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvepi), convocou coordenadores municipais de Atenção Primária à Saúde (APS) e Epidemiologia e referências técnicas das salas de vacina dos seus 30 municípios para alinhar informações sobre a vacinação contra a covid-19 em 2023, com foco na chegada da vacina Pfizer bivalente. Ela faz parte da nova geração de imunizantes contra a doença e inclui RNA em sua composição, codificando a proteína spike da cepa original de SARS-CoV-2 e da ômicron, além das variantes BA.4 e BA.5.

De acordo com o Informe Técnico Operação de Vacinação Contra a Covid-19, do MS, serão contemplados, em cinco fases, os seguintes grupos prioritários: Fase 1 - pessoas com 70 anos ou mais; pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILP) a partir de 12 anos, abrigados e os trabalhadores dessas instituições; imunocomprometidos; comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas; Fase 2 - pessoas de 60 a 69 anos de idade; Fase 3 - Gestantes e puérperas; Fase 4 - trabalhadores da saúde; Fase 5 - pessoas com deficiência permanente, população privada de liberdade, adolescentes em cumprimento medida socioeducativa e funcionários do sistema prisional. “Lembrando que as vacinas bivalentes estão recomendadas somente para pessoas com 12 anos ou mais de idade pertencentes aos grupos prioritários”, explicou a referência técnica em Imunização do Nuvepi, Thiany Silva.

Créditos: Tarsis Murad

A referência regional alertou para o fato de que a vacina bivalente será administrada para os grupos prioritários que apresentarem pelo menos o esquema prévio de duas doses com vacinas monovalentes. “É importante salientar que nós temos um público prioritário esperado para vacinar, porém essas pessoas precisam estar aptas a receber a vacina, ou seja, é preciso que tenham o esquema primário completo”, disse. Por isso, recomendou que, em caso de dúvidas, as pessoas se dirijam às salas de vacina para a devida conferência do cartão de vacinação. “O profissional deverá informar se é o caso de tomar a bivalente ou se é preciso completar o esquema primário, com agendamento posterior para recebimento da nova vacina”, completou.

Segundo Thiany, as vacinas estão sendo entregues aos municípios de forma escalonada, evitando descongelamento, perdas e redução de validade. “As vacinas chegam aos poucos, de acordo com a demanda e a disponibilidade de armazenamento, tanto do Estado quanto dos municípios. Daremos início obedecendo à ordem de prioridade e de acordo com a chegada dessas doses”.

Sobre a febre amarela, Thiany Oliveira chamou a atenção para a necessidade de haver busca ativa do público não vacinado, citando caso da doença confirmado, em janeiro deste ano, em São Paulo. “Não podemos pensar somente nas pessoas daquele estado ou que estão próximas. Todos os municípios precisam buscar conhecer sua realidade vacinal para imunizar todas aquelas pessoas que possuírem esta lacuna”, finalizou.

Por Tarsis Murad