Seis entre os dez municípios da microrregião de Saúde de Muriaé estão com alta ou muito alta incidência para notificações de casos prováveis de dengue. Perante este cenário preocupante, a Gerência Regional de Saúde (GRS) de Ubá destacou uma equipe para empreender visitas técnicas, com intuito de auxiliar as secretarias municipais de Saúde no enfrentamento das arboviroses e ações preventivas. 

O coletivo da GRS Ubá que atendeu à proposta envolveu servidores dos núcleos de Atenção Primária à Saúde, Epidemiologia e Mobilização Social; e estiveram nos municípios de Muriaé, Vieiras, Patrocínio do Muriaé, Barão de Monte Alto, Antônio Prado de Minas e Eugenópolis, sendo os dois últimos visitados no dia 13 de fevereiro.

Equipes de Saúde de Antônio Prado de Minas, promovendo limpeza de recipientes e mobilização social para enfrentar o cenário de alta incidência de notificações de casos prováveis de dengue - Divulgação

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, foram registrados 1.171 casos prováveis de dengue nos seis municípios visitados. “Utilizamos estes encontros para discutirmos e alinharmos um conjunto de ações para reduzir os riscos de epidemia de dengue na microrregião de Saúde de Muriaé, visto que 60% dos municípios estão com alto índice de infestação do mosquito. Por isso, foi muito importante a representação de diversos setores da GRS Ubá nestes momentos, podendo aprofundar em estratégias diversas para o enfrentamento do cenário”, disse Ana Célia Jacinto, coordenadora de Epidemiologia da GRS Ubá.

 

Assistência à Saúde e Mobilização Social

Algumas ações são potencialmente capazes de produzir mudanças efetivas no cenário atual, como a remoção de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, mutirões de limpeza, intensificação das ações de mobilização social, capacitação das equipes de saúde e organização da rede assistencial para que o paciente seja assistido conforme os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, reduzindo assim o agravamento dos casos e a ocorrência de óbitos.

As visitas técnicas contribuíram para abordar questões como o papel das unidades de saúde e assistência farmacêutica, o fluxo de acesso ao atendimento, manejo clínico das arboviroses e atenção a grupos de risco. “Por exemplo, colocamos a necessidade de dispor de hidratação venosa e ofertar em livre demanda hidratação oral nas unidades, evitando que possíveis quadros de desidratação evoluam para formas mais graves. Além disso, ressaltamos que muitos agravos têm sintomas/clínicas semelhantes, e nada impede que sejam todos notificados em um único paciente, pois isso aumentam as oportunidades de identificar o que realmente está atingindo a população”, explicou Aline Lopes, servidora da Coordenação de Atenção à Saúde da GRS Ubá.

“Destacamos que a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) tem uma campanha em vigor e que está disponível para todos os municípios mineiros, denominada “Tchau, dengue, tchau”, com jingle, clipe, cards para redes sociais e outros materiais. Tudo isso pode ser utilizado em ações nas escolas, nos bairros, em mutirões de limpeza, ou em barracas da saúde instaladas em locais estratégicos para abordar a população. É importante que a mobilização social seja feita para conscientizar a todos cidadãos quanto à redução de depósitos do mosquito e, assim, evitar a ocorrência de óbitos e os casos graves por arboviroses”, finalizou Keila Lima, assessora de comunicação e referência técnica em Mobilização Social da GRS Ubá. 


Clique aqui para conhecer o hotsite da campanha “Tchau, dengue, tchau”.

Por GRS Ubá