A coordenação do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvepi) da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Ponte Nova realizou, em 8 de fevereiro, por meio de videoconferência, reunião voltada à temática da Saúde do Trabalhador. O encontro contou com a presença de coordenadores das Vigilâncias em Saúde e Epidemiológica e referências técnicas dos 30 municípios da área de abrangência da SRS. O conteúdo abordou a Resolução SES/MG nº 8383, de 19 de outubro de 2022, que altera a Resolução SES/MG nº 7730, de 22 setembro de 2021, e institui o repasse de incentivo financeiro, em caráter excepcional, para o fortalecimento das ações de vigilância em Saúde do Trabalhador em Minas Gerais. A nova resolução prorroga o termo de compromisso anterior até 31 de dezembro de 2024, com acréscimo de parcela de recursos aos municípios.
Entende-se por ações de saúde do trabalhador a busca ativa de agravos relacionados ao trabalho e passíveis de notificação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), além da Vigilância de Ambientes e Processos de Trabalho (VAPT) em estabelecimentos onde são realizadas inspeções sanitárias, a fim de identificar riscos à saúde e propor medidas preventivas e de promoção à saúde.
A coordenadora do Nuvepi, Schirley Santana Medeiros, destacou a necessidade de alteração do plano de ação previsto na resolução, contemplando os eixos de referência técnica em saúde do trabalhador, VAPT e vigilância epidemiológica das doenças e agravos relacionados ao trabalho. “O plano deve ser aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde e enviado à SRS que, por sua vez, consolidará as ações e encaminhará à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG)”, pontuou.
Uma novidade da resolução é o incentivo financeiro previsto tanto para a utilização em recurso de capital quanto em recurso de custeio. “No caso de capital, isso permite, por exemplo, utilizá-lo na ampliação de instalações já existentes, na manutenção de estrutura física, mobiliário, compra de itens para melhoria da ambiência do local de trabalho, entre outros. No caso de custeio, é possível contratar serviços de capacitação, elaborar e imprimir material gráfico, realizar campanhas publicitárias, dentre outras ações”, enumerou a coordenadora.
Foi ressaltada a importância de fortalecer as ações de vigilância nos municípios para a identificação, avaliação e intervenção nos riscos à saúde dos trabalhadores. “Há que se considerar os diversos riscos ambientais e organizacionais aos quais os trabalhadores estão expostos, em função de sua inserção nos processos de trabalho. Assim, essas ações devem ser incluídas formalmente nas agendas municipais”, concluiu Schirley.